sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

VIAGEM AFETIVA À TV TUPI: A NOITE DOS PIONEIROS



Caros blogueiros, o Bucaneiro está em festa!
A celebração dos 60 anos da televisão carioca (1951-2011) com o lançamento do livro
“TV Tupi do Rio de Janeiro, uma viagem afetiva”, que escrevi para a Coleção Aplauso,
foi um acontecimento à altura da histórica TV Tupi canal 6, a escola da televisão no Brasil.



Escoltado por dois "Curumins-Passarinhos", recebi os convidados que prestigiaram em massa a Livraria da Travessa do Leblon no lançamento da Imprensa Oficial do Estado, representada pela dinâmica Sheila Gonçalves, diretora de eventos da equipe de Rubens Ewald Filho.


Além do nosso livro, duas biografias também dividiram o brilho da noite: “ Rubens Correa, Um salto para dentro da luz” de Sérgio Fonta e “Marcos Flacksman, Universos paralelos” de Wagner de Assis. Bombamos tanto que os livros esgotaram-se no meio da noite. Um grande caldeirão de gerações se misturou: de Zé Wilker, Ana Botafogo, Cacá Diegues, Ary Coslov, Fernando Eiras e Jacqueline Laurence à Vera Vianna, Thiago Lacerda, Vanessa e Dilma Lóes, Denise Bandeira, Hamilton Vaz Pereira, David Pinheiro, Gloria Pires e Carmem Verônica circularam em caleidoscópio mágico.



Muitos dos pioneiros da TV Tupi que são retratados no livro compareceram e, entre lágrimas e sorrisos, mataram um pouco a saudade de tanto tempo sem se encontrarem. Estiveram presentes, Almeida Castro, Maria da Glória, João Lorêdo, Doris Monteiro, Maurício Sherman, Neyde Aparecida, Ricardo Kathar, Aracy Cardoso, Marly Bueno, Adonis Karan, Maria Pompeu, Flávio Cavalcanti Jr, Theresa Amayo, Mário Petraglia, Eloá Dias, Íris Bruzzi, Neila Tavares, Joméri Pozzoli, e de surpresa, Carlos Alberto Santos, Wilson Rocha e Janny Mosso.
Na foto acima, duas estrelas da era das garotas-propaganda: Lídia Mattos e Maninha de Castro, dupla que mostramos no último post em imagem da época, publicada no livro.


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Almeida Castro veio especialmente de São Paulo, e foi super festejado pelos colegas.
O carisma de líder foi saudado pela Taba com respeito e admiração.


Neyde Aparecida, de olhos azuis, levou seus inseparáveis cãezinhos em duas bolsas,
e foi muito cumprimentada. Não parou de dar autógrafos.


Flavio Cavalcanti Jr, o Flavinho, filho de Flávio Cavalcanti era emoção pura.


Ana Botafogo e sua mãe, Maria Dulce Fonseca Botafogo, primas queridas. Ernani Fonseca também foi, pena que ficou de fora da foto.


Vamos combinar: evento sem Jorge Salomão não tem graça, né ?


Trio de pioneiros sangue azul: Dóris Monteiro, Almeida Castro e Maria Pompeu.


Theresa Amayo iluminada encantou-se com os Curumins.


O poeta maior Luiz Vieira é o papai dos Curumins Jorginho e Luizinho.
A mamãe Eurídice, na retaguarda, produziu o visual dos filhotes.
E Luiz matou as saudades de seus colegas das Associadas, onde começou carreira.



Cláudia Fialho, a relações públicas do Copacabana Pálace. Ela recebeu Dóris Monteiro
em almoço na pérgula do Copa, onde foi gravado seu depoimento.
No final ela entregou xérox do cadastro da cantora no hotel, em sua estréia profissional no Golden Room como crooner. Dóris chorou.



Glória Pires, filha do grande comediante Antonio Carlos, uma das estrelas do humorismo da Tupi, foi abraçar Maria da Glória, mãe da super amiga Chris Grossi,
que se produziu como a mãe. Ficou um chaveirinho sexy da mama!
E Glorinha, elegantíssima como sempre, chorava de emoção a cada encontro.


As poderosas Neila Tavares e Jalusa Barcellos. Neila comentou para o Bucaneiro:
“Nossa, como estão gostooosos estes pioneiros, o Almeida Castro, a Eloá, a Marly Bueno!



Jalusa e Neila mostrando a Maurício Sherman fotos suas nos tele-teatros ao vivo.
Sherman foi ator premiado no teatro em início de carreira, e adentrou o vídeo participando de novelas, seriados e tele-teatros.


Carmem Verônica e Maria Letícia. Em campanha para o lançamento de sua bio pela Aplauso, Carminha distribuiu beijinhos e convites para o lançamento na Laura Alvim semana próxima. A terceira de olhos azuis !


Amigas desde o tempo dos programas femininos, Glorinha e Eloá Dias também são vizinhas em Copacabana. E o papo rola...


Zilah Constante Ramos e Scyla Tavela Ramos, priminhas do coração. Foi na casa delas que o Bucaneiro assistiu muuuuita Tupi.
As duas, o irmão Dori e mais a turma animada da Lagoa, freqüentaram o auditório da Urca no Boliche Royal.


O amigo Paulo César Soares prestigiou os lançamentos dos Sérgios, e saiu com dois livros debaixo do braço. Soares está animado com a volta de Antonio Grassi à Funarte.
Aliás, ele e a torcida do Flamengo.

Henrique Ferreira e sua jovem mãe Angela Cristina Theodoro Pinto.


Fabio Palma, vice presidente do IED (Instituto Europeo di Design), pretende valorizar o prédio histórico do Cassino da Urca tão logo comece a funcionar sua conceituada escola de design. Foi lá que a Tupi viveu seu auge, até o fechamento em 1980.



Os amigões Maria Letícia, a Lét, e Emiliano Queiroz, grande Milica, não poderiam faltar. Emiliano começou carreira em 1960 na TV Ceará Associada.
Em seu último longa, “O amigo invisível”, Letícia homenageou seu ídolo de infância Carequinha.


Fotos: Julio Pereira

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

TABA TUPI BATE TAMBOR




Celebrando os 60 anos da televisão carioca, inaugurada em 20 de janeiro de 1951, será lançado na próxima segunda feira, dia 24, na Livraria da Travessa do Leblon o livro “TV Tupi do Rio de Janeiro, uma viagem afetiva”, que escrevi para a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, sobre a pioneiríssima TV Tupi canal 6.


Lídia Mattos e Maninha de Castro: duas estrelas da era da garota-propaganda

A trajetória de 29 anos da Tupi (1951-1980) é contada através de vinte pioneiros que foram entrevistados especialmente para o livro, tais como Adonis Karan, Almeida Castro, Aparecida Menezes, Aracy Cardoso, Bibi Ferreira, Dóris Monteiro, Fernanda Montenegro, Flavio Cavalcanti Jr, João Lorêdo, José Bonifácio de Oliveira (Boni), Lídia Mattos, Maria da Glória, Maria Pompeu, Maurício Sherman, Neila Tavares, Neyde Aparecida, Osmar Frazão, Ricardo Kathar e Sérgio Britto.

Além da voz suave, o tripé de Dóris Monteiro: olhar, lábios e saboneteiras

Também colaboraram com informações e material de seus acervos, Alexandre Freitas (por Gilberto Martinho), Cidinha Campos, Dirceu Camargo, Eva Todor, Léa Penteado, Luíza Biá, Norma Blum, Nelson Hoineff, Theresa Amayo e Yoná Magalhães.

Theresa Amayo no Teatrinho Trol
São 21 capítulos que fazem um recorte da animada história da emissora associada, fundada pelo empresário Assis Chateaubriand, um dos homens mais influentes e polêmicos do século 20, que com sua audácia fincou a bandeira da comunicação através de uma cadeia de jornais e rádios, e mais audaciosamente ainda, a implantação da televisão no Brasil. Na marra. Os bravos pioneiros comandados por Chatô, aprenderam fazendo e vice-versa. Criaram a televisão artesanal, espontânea e criativa, tudo ao vivo e em preto e branco, até a chegada do vídeo tape e em seguida da cor.

Brilhante Almeida Castro : a mola mestra da Tupi
Um de seus mais importantes colaboradores, e o mais brilhante de todos, é o baiano Almeida Castro, grande articulador não só do canal 6, mas de toda a rede das Emissoras Associadas. Ele foi a mola mestra de todo o processo, permanecendo 37 anos dedicados à Taba Tupi. Com memória prodigiosa, suas histórias são fascinantes e elucidativas de uma época efervescente, quando chegava até nós o veículo revolucionário de comunicação: a televisão.

Na Discoteca do Chacrinha, Zé Ketti e o empresário Abrahão Medina


Em todos os momentos do livro, Castro se faz presente com sua permanente intervenção, desde os primórdios na Avenida Venezuela, ao lado de Dermeval Costa Lima, Fernando Chateaubriand, Oduvaldo Viana, Chianca de Garcia, João Lorêdo, Guilherme Figueiredo, Barros Barreto e outros, até a chegada na Urca, o apogeu da Tupi. Lá a grande escola da televisão evoluiu na avenida com grandes profissionais vindos do rádio, do teatro de revista, dos cassinos, do meio intelectual e do teatro contemporâneo. Um caldeirão rico e muuuuito animado.


O popular Concurso de Cambalhotas de Carequinha

No decorrer do recorte de “TV Tupi, uma viagem afetiva”, surgem nomes a muito tempo sumidos da mídia tão globalizada dos tempos atuais, e pode-se recordar, por exemplo, das irmãs Lourdes Mayer, Zilka Salaberry e Alair Nazareth, os comediantes Nádia Maria, Antonio Carlos, Hamilton Ferreira e Manoel Vieira, as vedetes Virginia Lane, Mara Rúbia, Renata Fronzi e Angelita Martinez, cabeças brilhantes como Silveira Sampaio e Jacy Campos, também os talentos de Ilsa Silveira, Eduardo Sidney, Barbosa Junior, Heloisa Helena e Wilma Rocha. E tantos e tantos...

Estou emocionado em participar deste resgate, um sonho antigo, que inicialmente foi focado para a criação do Museu da TV Tupi no prédio do Cassino da Urca. Graças à sensibilidade de Rubens Ewald Filho, o coordenador da Coleção Aplauso, o livro está chegando ao grande público no momento que a televisão celebra 60 anos redondos.
Estou em contagem regressiva, ativando com a equipe da Imprensa Oficial os preparativos para mais um evento com o peso cultural do alto nível da Aplauso.

Na noite de lançamento, dois Curumins ilustres receberão os convidados na Livraria da Travessa. São eles, o Jorginho Vieira e o Luiz Vieira Jr, filhos do grande poeta Luiz Vieira e de sua amada Eurídice.

Ave, erês donos da terra, a Taba Tupi bate tambor !

Foto 1: Curumim colorizado por André Ruffier Foto 2: Acervo João Lorêdo
Foto 3: Acervo Dóris Monteiro Foto 4: Acervo Marcelo Del Cima
Foto 5: Acervo Almeida Castro Foto 6: Acervo Nelson Hoineff Foto 7: Acervo Bucaneiro
Foto 8: Paulo Marcelo

domingo, 9 de janeiro de 2011

ANALU EM ESTILHAÇOS WOTZIKIANOS




ANALU PRESTES está em cena ! O fato já recomenda um espetáculo teatral, mas se ele for assinado por EDUARDO WOTZIK , aí o caldo engrossa.
“E s t i l h a ç o s”, escrito e dirigido por WOTZIK, tem Clarisse Derziê, Ricardo Kosovski e Marcos França no elenco, além de ANALU. A peça acaba de estrear espaço novo no Museu do Universo do Planetário da Gávea, Rio.
Temporada até março, sempre de quinta a domingo.

Paulista de nascimento e carioca por adoção, ANALU PRESTES é artista multifacetada: atriz, cenógrafa, figurinista e artista plástica, está sempre fazendo bonito em todas essas atividades, desde que começou carreira nos anos 70 ao lado do genial Luiz Antonio Martinez Correia. Cruzamos nossos bigodes na histórica montagem de “Casamento do pequeno burguês” do jovem Brecht, onde ela estrelava o espetáculo do Grupo Pão & Circo, e eu fazia a divulgação. Ficamos amigos e curtimos momentos mágicos da juventude ao lado de colegas inesquecíveis, como Saraka Barreto, Cidinha Milan, Aurélio de Michiles (ou Aurélio Araruama), Marieta Severo, Maria Silvia, Telma Reston, Wilson Grey, Denise Bandeira e o Luiz Antonio, entre outros.

A peça foi um soco na barriga da plateia, tal a anarquia e a alegria escancarada. Depois de terem viajado pela França e arredores com sucesso, estrearam temporada no Teatro Opinião e no Teatro Ipanema, lotando direto.


Casada com Buza Ferraz, o casal montou repertório instigante que conquistou a platéia jovem da cidade, ajudando a criar um novo point da cena carioca: o charmoso Teatro Candido Mendes. Mas a artista plástica corria paralelo, e ela pintava, fazia colagens e criava bonecas em exposições e bazares badalados.


No cinema protagonizou, ao lado de Lima Duarte, um dos melhores episódios do clássico de Joaquim Pedro de Andrade, inspirado em Dalton Trevisan: “Guerra Conjugal” de 1975. No ano seguinte fez sua primeira novela na telinha: “O casarão”, na Globo.


Com o amigo Luiz Rozemberg Filho, rodou “Assuntina das Américas”, ícone do cinema underground. Assim, ela esteve à frente de espetáculos, filmes e eventos sintonizados no caldeirão cultural daquele tempo de transformações, sempre antenada e transbordante e com aquele sorriso iluminado de sempre.

Mas... ANALU PRESTES aqui e agora é atriz do novo espetáculo do diretor EDUARDO WOTZIK, uma das mais talentosas cabeças do teatro moderno.
Com histórico respeitado de autores como Martins Pena, Machado de Assis, Lima Barreto, Nelson Rodrigues, Clarice Lispector, Tolstoi, Eurípedes, Albee e Millor Fernandes, WOTZIK marcou a cena brasileira com diversas montagens, a começar por “Geração Trianon”, “Bonitinha, mas ordinária”, “Um equilíbrio delicado” e recentemente uma leitura impactante de “O interrogatório”.

“E s t i l h a ç o s” apresenta através de 45 divertidas crônicas contemporâneas, depoimentos e observações sobre o cotidiano, que são interpretadas e narradas pelo quarteto de atores. Com o formato de instalação,o espetáculo mistura elenco e platéia, promovendo discussões éticas, morais e políticas e instigando o pensamento da moçada.

Tiradas como

hei de vencer mesmo sendo honesto

o universo não gira, clica

eu faço teatro para não ver o jornal nacional

tudo bem no estilo wotzikiano, que ele explora com o talento vivo da palavra em seu ótimo blog. Vale a pena antes de ver “E s t i l h a ç o s”, ler os estilhaços que ele provoca em crônicas, vinhetas e comentários muuuito interessantes.
É só clicar no Blog do Wotzik , UOL Blog.

No mais, vamos estilhaçar geral !