Ela é carioca, ela é carioca, saca o jeitinho dela... ANA CRISTINA CESAR (1952-1983), poetisa, tradutora e ensaísta, um dos nomes mais expressivos da geração mimeógrafo, ou poesia marginal, começou a publicar seus poemas em revistas e jornais alternativos da década de 1970.
Livros publicados: Cenas de abril, Correspondência completa, Luvas de pelica e A teus pés (Editora Brasiliense). São poemas fragmentados em linguagem íntima e confessional que relatam o cotidiano. Seu discurso, quase sempre na primeira pessoa do singular, revela um diálogo consigo mesma. Ana suicidou em 1983.
FLORES DO MAIS
- Ana Cristina Cesar -
Devagar escreva
uma primeira letra
escreva
nas imediações construídas
pelos furacões ;
Devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre os vendavais ;
Devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre as facas
das marés ;
Devagar imprima
o primeiro olhar
sobre o galope molhado
dos animais ;
Devagar peça mais
e mais e mais.
Dificil encontrar poeta igual. Mas poetas nao morrem... Yuka Bell
ResponderExcluirEla merece ser lembrada sempre, parabens! Acrescenta-se que Ana Cristina além de grande poeta é escritora e tradutora das melhores, adorava escrever, o ofício que escolheu para amenizar a depressão que rondava sempre a sensibilidade à flor da pele que possuia. Jussara Menezes - (Barra do Piraí)
ResponderExcluirExiste uma enorme admiração pela obra desta poetisa.Fiquei curiosa e estou atraída ao mesmo tempo. Obrigada, Lita Paes Leme
ResponderExcluiros poetas vivem numa nuvem mágica e completamente a sós...conversando com as suas almas.Vamos respeitar os seus silencios,melhor assim....Bela ana ana bvela. nina f.//
ResponderExcluirEla épunk total!!!!!!!! Cadu
ResponderExcluir