Se vivo fosse, o escritor americano JACK KEROUAC (1922-1969) completaria 90 anos no dia de hoje, 12 de março. Influenciador-mor da geração jovem dos anos 60 pela autoria do livro “On the road”, a bíblia da Geração beat, e no ano de seu nonagésimo níver, chega às telas finalmente a versão cinematográfica do famoso romance. Dirigido por Walter Salles, “On the road” será apresentado no Festival de Cannes 2012, em maio, e estreia no Brasil no mês seguinte.
“Qual é a sua estrada, homem? – a estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada...Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstancia. Como, onde, por que ?” (JK)
Foi botando o pé na estrada que Kerouac escreveu sua obra-prima, o romance “On the road” (1957), que recebeu no Brasil uma tradução à altura, assinada por Eduardo Bueno (L&PM Pocket). Trata-se de uma obra emblemática que influenciou a música – do rock ao pop – e os Movimentos Hippie e do Punk. A aventura americana na estrada baseada em fatos reais, conta a história do aspirante a escritor Sal Paradise e sua mulher Marylou. Depois da morte do pai e em companhia do amigo Dean Moriarty, um jovem e sedutor ex-presidiário, resolvem botar o pé na estrada. Os amigos cortam os laços com o passado e atravessam os Estados Unidos de costa a costa, sedentos por liberdade.
Sal Paradise, o alter-ego de Kerouac, será vivido por Garret Hedlund, sua mulher Marylou é Kristen Stewart e Dean Moriarty, Sam Riley. No elenco também, Steve Buscemi, Elisabeth Moss, Tom Sterridge e a brasileira Alice Braga. O diretor Walter Salles tem outros road-movies em sua carreira: “Terra estrangeira”, “Central do Brasil” e “Diários de motocicleta”, mas é provável que este seja o que mais batalhou realizar. Não são de hoje suas tentativas, que começaram nos anos 90. E há vinte anos antes, Francis Ford Coppola comprou os direitos, ameaçou mas não rodou.
Os beatniks, nascidos a partir do sucesso literário de Kerouac, desconstruíram os Estados Unidos macartista, de direita, em plena guerra fria, plantando a semente dos libertários. O termo beatnik é uma corruptela do inglês beat – batida, pulsação, ritmo, com o nome do satélite russo Sputunik. Trata-se um movimento originado na literatura que abriu caminho para um novo comportamento que desdobraria na revolução cultural dos anos 60. Os hippies são filhos dos beats, os existencialistas primos e os punks, sobrinhos, e etc...
O poeta Allen Ginsberg com Kerouac, 1945
O poeta Allen Ginsberg com Keruac em 19Foi na Universidade da Columbia (NY) que Kerouac conheceu Allen Ginsberg, William Burroughs e Neal Cassidy, entre outros, e ali nasceu o núcleo dos beats, os rebeldes, inconformados e topetudos caras que sacudiram a América... e o mundo. Pra ser livre, há que ser topetudo!
“Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.” (JK)
“On the road” foi rodado nos Estados Unidos, Canadá e México. Vamos curtir o trailer enquanto o esperado filme não chega. Tá perto. On the road again...
Adorei a matéria... Ainda por cima um belo homem e cheio de amigos importantes ...
ResponderExcluirSe o filme conseguir transmitir a pulsação irada no sentido da palavra,adrenalina porrrada !!!!Esse livro chega a ser lendário e a espero do filme também..estou no aguardo, Cadu
ResponderExcluirOs efeitos desse livro não aconteceram só na América. A Europa também foi atingida pelos beatniks como um soco na boca do estomago...o que eram os Beatles, Rolling stones??? Ser Beat é mais que uma atitude, é filosofia de vida. Eles plantaram a semente no mundo até no oriente. Sobral
ResponderExcluirTive a oprtunidade de começar a ler o livro e gostei muito.
ResponderExcluirAgora é só aguardar o filme.......
Henrique.
Easy rider é um filme beat. E outros tantos daquela epoca tambem, fez a cabeça dos rebeldes por causa do sufoco a volta....replica em muita coisa que eu não lembro mais sei que existe.fiquei fiçurado agora > Nena
ResponderExcluirO trailer não diz nada do filme.Porque fazem tudo corrido que não da pra ver direito nada.? valeu,Bucaneiro a tua matéria está show Sol
ResponderExcluirNão vou perder!!!! Bia
ResponderExcluirOlá, não conhecia seu blog.
ResponderExcluirGostei, belo post.
Usei algumas informações em um post sobre Kerouac (creditei as fontes).
Meu blog é recente:
http://grandeimagista.blogspot.com
Abs