quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O BEIJO DA TOLERÂNCIA


Ventos novos na tv aberta! O formato telenovela ganha uma nova leitura, que está oxigenando o desgastado gênero. Trata-se da novela “Aquele beijo”, apresentada no horário das sete na Globo e criada pelo multifacetado MIGUEL FALABELLA, que está agradando geral , e colecionando elogios não só das camadas mais populares do público telespectador, como também de uma plateia mais cabeça, que está curtindo a novela.

O autor define a obra como “uma comédia romântica que homenageia o gênero telenovela desde os folhetins mexicanos aos brasileiros”. Acho que sua inspiração passeia além dos preceitos do gênero, e corre solta pela crônica de comportamento com pitadas das comédias carnavalescas da Atlântida e do chamado teatro besteirol.

“Um mundo melhor – a Comédia da Tolerância”, era o titulo original da novela, o que leva a gente a acreditar tratar-se de uma história que confronta personagens indulgentes e intransigentes, a serviço do humor e da crítica social. Uma galeria de personagens forma a rica tipologia humana de arquétipos. E é isso que temos assistido em “Aquele beijo” nas divertidas tramas e situações boladas por Falabella e sua afinada equipe de colaboradores: o experiente Luiz Carlos Góes, Antonia Pellegrino, Flavio Marinho e Alessandra Poggi.

Um lance que dá um charme especial à novela, é a voz de Falabella fazendo comentários contextualizados de determinadas cenas. Às vezes são citações de Clarice Lispector ou Pablo Neruda. Isso me lembra Nelson Rodrigues, que comentava cenas e situações de “A vida como ela é”, em seriado na saudosa TV Rio.Dá uma marca incrível à obra.

Um dos grandes méritos da realização está na escolha apurada do elenco, encabeçado por Marília Pêra na pele de Maruscka, poderosa dona de uma loja de luxo que se vê em apuros com a Receita Federal. Marilia está fantástica, usando e abusando de matizes para enriquecer a personagem. Contracenando com a admirável Jacqueline Laurence, sua mãe Mirta, as duas têm proporcionado momentos de alta comédia, onde parecem matar saudades da temporada teatral de “Síndica, qual é a tua?” de Góes, - sucesso do teatro carioca, onde viveram respectivamente, Miss Gilda e a Síndica.

O cast tem uma alquimia incrível, e reúne atores de diversas correntes: os jovens cheios de talento e preparo, e atores cascudos, todos convivendo em completa sintonia. A novela inova também com a presença de diversos atores negros fazendo personagens importantes na trama. E os nomes das personagens também têm um toque de originalidade genial: Íntima(Elisangela), Locanda (Stela Miranda), Cabo Rusty (Jorge Maya), Ana Girafa (Luis Salém), Grace Kelly (Leilah Moreno), Eveva (Maria Gladys), Joselito (Bruno Garcia) e Belezinha (Bruna Marquezine), entre outros. Dificil falar de todos os atores e personagens, eles são muitos, mas seguem alguns destaques deste recorte afetivo.

Uma das tramas mais divertidas de “Aquele beijo” rola na casa de Felizardo, um paraibano enfezado que está proporcionando a Diogo Vilela deitar e rolar literalmente. Sua mulher é Locanda, entregue à uma Stela Miranda possessa, delirante, a cara dela. Os dois são im-pa-gá-veis.

Atores sumidos da televisão foram pinçados por Falabella para seu casting, como Patrícia Bueno, que está brilhando como a tolerante Otília, diretora do orfanato Lar da Mão Aberta , sempre em confronto com a intransigente irmã Olga (Maria Zilda Bethlem). Outra grande atriz, tarimbada e super talentosa, e que pouco dá as caras na telinha é Telma Reston. Ela está à vontade como a golpista Violante, sempre envolvida em extorsões e disfarces hilários. Faz lembrar em momentos uma desaforada Violeta Ferraz de outros carnavais.

A abordagem de uma personagem travesti é algo completamente inédito na teledramaturgia. A Ana Girafa, vivida (o) com sensibilidade por Luiz Salém, cai como uma luva quando o assunto é tolerância. Salém é cascudo no humor, mas tem dado uma dimensão humana e dramática à uma personagem que poderia ser um estereótipo e não é.

Dá um prazer especial apreciar a renovação de elenco que a novela tem apresentado. Ótimos atores do teatro e do cinema, que pouco são vistos na telinha, têm feito participações interessantes, como Rubens Araújo, ator de longa carreira teatral e de excelentes trabalhos nos palcos brasileiros, que apareceu muito bem na pele de Jorge, um falso amante de Locanda. Maria Lucia Dahl também está no ar como Lena, uma governanta um tanto o quanto misteriosa. Dahl e Araújo são duas jóias raras que dão brilho especial em qualquer cena.

“Aquele beijo” está refrescando o horário das sete com um tipo de humor inteligente a serviço de uma ideia bem sacada e super pertinente. A realização é de primeira, com Cininha de Paula na direção geral e Leandro Néri, Tande Bressane e Marcelo Zambelli co-dirigindo. A direção de imagem é de Rico Rondelli.

Tudo sob a supervisão de Roberto Talma, um dos profissionais mais inovadores da televisão. É de Talma a ideia de juntar Xuxa e Daniel Jobim cantando a música-tema, nada menos que “Garota de Ipanema” em leitura pop. Show.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

SERGIO SAMPAIO ENTRE AS QUATRO PAREDES DA VIDA



O capixaba SERGIO SAMPAIO (1947-1994) é uma das maiores referencias na música jovem brasileira de todos os tempos. Cantor e compositor genial que marcou os tempos do desbunde
(1971/ 1973) transitou no mesmo patamar musical maldito de Luiz Melodia, Jorge Mautner, Hyldon, Macalé e Dalto, criando rocks, baladas, sambas e até uma marcha-rancho histórica, seu maior sucesso, “Eu quero é botar meu bloco na rua”, que atingiu na época 500 mil discos vendidos.

...Há quem diga que eu não sei de nada, que eu não sou de nada

E não peço desculpas, e nãotenho culpa, mas que dei bobeira

E que Durango Kid quase me pegou...

E ninguém botou mais o bloco na rua que ele nos vinte e tres anos da curta carreira, batalhada, ralada, e muitas vezes incompreendida, que impôs com a cara e a coragem, às custas de uma determinação impressionante. Jorrava composições, e a todos queria mostrar uma nova, pedia, corria e recebeu de troco bem menos que ofereceu.

Difícil de se adaptar aos esquemas da época, esnobou imprensa e gravadoras quando atingiu o único sucesso popular, mas no trato pessoal era uma doce figura, gentil, engraçado e muito bem humorado. Seu padrinho e descobridor foi Raul Seixas, então produtor da CBS, quando tornaram-se guru um do outro, tais as semelhanças e identificações. Farinha do mesmo saco.

Raulzito apostou na parceria com Sampaio ao criar às escondidas da poderosa gravadora o disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez”. Obra-prima em criatividade e audácia, o disco, hoje um clássico, foi violentamente rejeitado na época, sem uma avaliação correta do ganancioso mundo fonográfico e da mídia de então.

Além da companhia de Raul, Sampaio formou um quarteto anárquico com a sambista paulista Miriam Batucada e com o show-man Edy Star. O resultado é um caleidoscópio saboroso de ritmos com vinhetas debochadas e muito engraçadas, em canções como “Êta vida”, “Eu vou botar pra ferver”, “Quero ir”, “Todo mundo está feliz” e, a mais conhecida, “Sessão das Dez”, consagrada por Raulzito anos depois.

Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, tinha uma admiração especial pelo conterrâneo Roberto Carlos. Nem o primo Raul Sampaio, autor de “Meu pequeno cachoeiro”, serviu de passaporte para que ele chegasse até o Rei: seu sonho, não realizado, era que Roberto gravasse um blues belíssimo que compôs especialmente para ele, “Meu pobre blues.”

Foi inútil...Eu juro que tentei

compor uma canção de amor

Mas tudo pareceu tão fútil

E agora que esses detalhes já estão pequenos demais

E até o nosso calhambeque

já não te reconhece mais

Eu trouxe um novo blues, com cheiro de uns dez anos atrás

E penso ver você cantar...

Com seu desaparecimento em 1994, o silencio em torno de sua obra permaneceu por anos, até começar a ser descoberto por colegas de novas gerações e, consequentemente, por jovens antenados de todo o país, que felizmente existem sim. Zeca Baleiro lidera a trupe, e em 2006 lança “Cruel”, uma reunião de fitas demo contendo dezenas de composições.

Diz Baleiro: “O charme de Sergio era a sua rebeldia, suas opiniões. Isso não faz muito sentido hoje, mas fazia na época.Fui conhecendo seus discos e me encantando cada vez mais. Sempre senti afinidade com a música e a poesia de Sampaio”.

Em seguida, Baleiro reuniu boa parte da obra dele no projeto “Balaio do Sampaio”, gravando um cd com time de primeira da nossa música, tipo Zizi Possi, Elba Ramalho, Erasmo Carlos, Chico César, João Bosco, João Nogueira, Eduardo Dussek, Luiz Melodia e Renato Piau, entre outros.

Tres anos depois de sua morte, o Cemitério São João Batista, onde foi enterrado, convocou a família para receber os restos mortais de Sampaio. Seu primo o documentarista João Moraes e sua ex-mulher, a arquiteta Ângela Breitschaft ( mãe de seu filho João), receberam o esquife. Diz Moraes: “Embrulhamos o esquife numa papelaria e eu saí com ele. Atravessei a rua e entrei num boteco.Pedi uma Caracu e um traçado (pinga com catuaba) para mim e outro para ele.”

Quando Moraes retornou para Cachoeiro, resolveu criar um evento chamado Segunda sem lei, no qual abria a casa semanalmente para visitações com violão e cerveja na presença da caixa de Sampaio...Os poetas Chacal e Sergio Natureza marcaram presença e também escreveram na caixa. “Eu achava que poderia ser desrespeito, mas depois me toquei que essa picardia era a cara dele”, relata Moraes.

Maria Bethânia em seu inesquecível show “Drama, Luz da noite” (1973), dirigido por Fauzi Arap, incluiu uma das mais inspiradas composições de SERGIO SAMPAIO : “Quatro paredes”, que apresentamos na seqüência. Aumente o volume, desligue o celula, feche os olhos e sinta...

...Eu sou quem curte o silencio, o momento, o segredo,

Quem geme de frio, quem fica com medo

Quem anda abatido sem ter um lugar pra morar.

Eu tenho pressa, não minto

Mas sinto que estou

Entre as quatro paredes da vida

E tenho sede, meu amor.

E guardo tudo com muito cuidado

Dentro de mim.



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CELEBRANDO OS TRES ANOS DO BUCANEIRO...



A festa de celebração dos tres anos do Blog rolou em duas animadas etapas: dinner-party no apê da cineasta Maria Letícia e almoço dominical na mansão dos Ramos da Lagoa. Os convidados foram brindados com coloridos chapéus xing-lings, que deram um tom pré-carnavalesco às comemorações. E muuita gente bacana postou comentários e felicitações no Facebook. Em nome dos Piratas-pirados do século 21 e dos Corsários do bem, a gente agradece o carinho de todos.


A bordo de um super bolo de nozes e champã, fomos surpreendidos por uma chuva de corações. No flagra, Emiliano Queiroz, Sandra Lousada e Sergio Fonta com o Bucaneiro. Show de sorrisos. Lousada era a animação em pessoa, depois de colocar um ponto final no texto de “Na sobremesa da vida”, peça escrita para Queiroz. Montagem no segundo semestre.

Maria Letícia abriu os salões da General Osório. Ao fundo ouvia-se ecos do Simpatia é Quase Amor... E Emiliano Queiroz escolheu seu chapéu kongo-blue, sua cor preferida. Sentado, o Zé Minsgueti todo aleeegre.

O fotógrafo Marco Rodrigues e sua charmosa Alicinha Silveira no maior alto astral. Enquanto ele continua clicando eventos top da cidade, ela brilha nas manhãs da Radio Roquette Pinto.

O casal Flavio Tambellini e Mônica marcaram presença, e depois seguiram para o niver de Marcelo Serrado, que antes de ser o Crô da novela, foi o protagonista premiado no longa de Tambellini: “Malu da Bicicleta”.

Roberto Atahyde, Emiliano Queiroz e Sergio Fonta celebrando o aniversário do blog. Athayde também terminando de escrever mais uma peça e Fonta está fazendo a pesquisa da montagem de “Vestido de Noiva” que está sendo dirigida por Caco Coelho.

O Bucaneiro em família: Dori, Alda, Zilah e Celinha. Sangue azul dos piratas na veia.

Ângela Theodoro e Zé Henrique Ferreira prestigiaram. Show.

As irmãs Zilah Constante Ramos e Scyla Tavela receberam em grande estilo.

Maria Lucia Dahl e Alexandre também prestigiaram e esbanjaram bom humor. Dahl está contente por sua volta à telinha na charmosa novela “Aquele beijo”, vivendo uma governanta misteriosa.

Agradeço as presenças tão queridas e também as manifestações de todos pelo nosso aniversário. Demorô!

E o espetáculo continua...


A DONA DAMA DIVA DO IMPÉRIO SERRANO 2012



O Império do samba - Império Serrano -fundado em 1947 por Mano Décio, Silas de Oliveira e Molequinho, umas das mais tradicionais agremiações cariocas, saúda o povo e pede passagem com “Dona Ivone Lara – o enredo do meu samba” do carnavalesco Mauro Quintaes.



A carioca Yvone Lara da Costa, ou simplesmente DONA IVONE LARA, com 91 anos de muita inspiração, é o enredo do Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano no carnaval 2012. Ela foi a primeira mulher a compor samba-enredo (“Os cinco bailes da história do Rio”/1965) e é uma das maiores personalidades da MPB de todos os tempos.


Ela declarou que “vai ser o desfile mais emocionante da minha vida”, e não é pra menos. A imensa comunidade de Madureira vem com todo o gás para homenageá-la, comandada pelo Mestre-sala Alex Marcelino e a Porta-bandeira Raphaela Caboclo, Carlinhos de Jesus assinando a Comissão de Frente, Tiãozinho Cruz dizendo no gogó e estreando na Escola, assim como a estreante e estonteante Flávia Piana como Rainha da Bateria, aí na foto saudando a homenageada.

Myrian Pérsia é uma das mais tradicionais estrelas do Império, atriz muito querida que hoje dedica-se à preparação de atores, ela veste a camisa verde e branco desde sempre. Em 1972 foi uma das Carmens Mirandas do premiado desfile da Pequena Notável, ao lado de outras estrelas, como Marilia Pêra, Isabel Ribeiro, Leila Diniz, Norma Suely, Vilma Vermont, Rosemary e Tânia Scher.

Considerada a Sinfônica do samba, a Bateria é composta de ritmistas craques comandados por Mestre Gilmar.

As gatas do Império estão afiadas na animação, cantando o lindo samba-enredo de autoria de Arlindo Cruz, Tico do Império e Arlindo Neto.

A Império Serrano desfila neste sábado de carnaval pelo Grupo Acesso A. O SBT vai transmitir. Vamu cantar juntos e torcer pelo Império. Ave, Dona Ivone !

Ivone laraiá lariá...

Dona Dama Diva

Estrela do samba luz radiante...

A Rainha da casa

Diz que o dom de compor é coisa de mulher !...





sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O BUCANEIRO : 3 ANOS EM MARES VIRTUAIS


Era 2009, e o mundo girava. Entrava o Ano do Búfalo, Júpiter se alinhava em Marte na antiga promessa da Era de Aquarius, eu atingia o nível 5.9 e nascia este blog – o Bucaneiro Prateado. Sim, dia 13, com toda sorte que este número me traz.

Me atirei no impulso de mergulhar no que não conhecia: o mundo da internet. Estava azeitado na escrita, depois de ter lançado o primeiro livro, e escrevendo na ocasião o meu segundo, isso me fez nascer um plano b desafiador: escrever um blog no formato de uma revista virtual, atemporal mas antenada no contemporâneo, e bem humorada, privilegiando a memória emotiva.

Sem lenço e sem documento, sem receita ou patrocínio, navego a bordo deste blog na companhia de amigos queridos, velhos e novos, todos a bombordo, física ou espiritualmente, e com a intenção de deixar perpetuado para os futuros amantes um pouco de comportamento e do universo cultural destes tempos atuais, com âncora na Cidade Maravilhosa e sob a mira de uma certa luneta prateada curiosa com o cosmos...

Agradeço a todos que freqüentam, indicam, comentam e interagem com essa nau dos insensatos (e dos sensatos também). Inspirado no vigor de Errol Flynn, o gavião do mar, agradeço também a colaboração direta de queridos do coração: Marcelo Bizzo, Gláucia, Paulinho, Thiago, aos amigões que estão sempre na área: Emiliano, Hildegard, Vera, Versuska, Catito, Henrique, Ruth, Cláudio, Edinha, Paulo Afonso, Neila, Christóvam, Scarlett, Chris, Alda, Ana Bota, Margarida, Ana Cristina, Alice, Celinhas Vaz e Borzino, e...

VOCE !


Ilustração: Gláucia de Barros

Foto: Paulo Marcelo

domingo, 5 de fevereiro de 2012

BRASIL NO OSCAR


Estamos bem na fita. A música “Real in Rio”, de Sérgio Mendes, Carlinhos Brown e Siedah Garret, pinçada da trilha sonora do longa de animação “Rio” de Carlos Saldanha, é forte candidata ao premio de melhor canção original do Oscar. Disputa com a trilha de outro desenho, “Os Muppets”, com favoritismo.

O álbum “Rio” (Universal Music) com produção executiva de Sérgio Mendes e John Powell, já lançado no Brasil, ganhou duas versões: uma internacional e outra brasileira. Da bossa nova ao rhythm and blues e passando pelo indefectível samba, o disco traz além de canções compostas especialmente, novas leituras de “Samba em Orly” (Chico e Vinicius) cantada por Bebel Gilberto e “Mas, que nada” (Jorge Ben), interpretada pela saudosa Gracinha Leporace com o marido Mendes ao piano.

O BUCANEIRO mirou a luneta prateada em “Favo de mel”(Mendes/Brown), sambão inspirado da trilha nacional do filme, que é a cara do verão carioca. No clima pré-carnavalesco, “that’s why we love carnival”, vamu esquentar os tamborins, enquanto aguardamos o resultado na noite do Oscar, dia 26 de fevereiro próximo. Engrossando fileiras na torcida, macacada!

Favo de mel

Vou levando a alegria, junto carrego o amor
Dia de festa, salve a floresta
Hoje tem baile onde for
Hoje o dia está lindo, o som já nos despertou
Quando o amigo, alto cantou, toda a floresta acordou

Dentro de mim a esperança,

quero aprender a voar
Esse é meu sonho, desde criança
Venha comigo
Levanta, é hora de encontrar o céu

A gente se ama, e anima o favo de mel


All the birds of a feather

Do what they love most of all

Moon and the stars, sun and guitars

That's why we love carnival

E aí meu rio!

Loving our life in the jungle
Everything's wild and free
Never alone, 'cause this is our home
Magic can happen for real, in Rio
All by itself (by itself)
You can't see it coming
You can't find it anywhere else

I'm a kako wero kinga kinga kinga kinga

Birds like me, 'cause i'm a hot winga (there's your hota winga)

Here everybody loves samba (I like the samba)
Rhythm you feel in your heart (I'm the samba master)
Beauty and love, what more could you want
Everything can be for real, in Rio
Here's something else (something else)
You just feel it happening
You won't find it anywhere else