terça-feira, 12 de julho de 2011

SEU JORGE NA ÁREA : A DOIDA VAZOU !




Jorge Mário da Silva ninguém sabem quem é, mas SEU JORGE todo mundo conhece. Cantor, ator e compositor afro-brasileiro da MPB, de samba e soul, ele é um dos artistas mais prestigiados do momento, não só pela crônica musical mas principalmente pelo público brasileiro. Sua carreira fonográfica está em ascensão, somando sucessos populares nas paradas da vida.

E mais um álbum-solo está saindo do forno: “Músicas para churrasco, Volume 1” (Universal), com lançamento para o próximo dia 22. Já está tocando direto nas rádios a tal música de trabalho :o samba-rock “A doida”. Delicia dançante, tão gostosa que já está na boca do povo cabeça-feita. Letra saborosamente bem humorada e balanço dos bons. Viajei na maionese para dividir com vocês.

E...como dizia Carlos Imperial naqueles bons tempos: afasta os móveis e enrola o tapete que essa você vaaai dançar! Solta os bichos, cara pálida!

A DOIDA
Seu Jorge

A DOIDA VAZOU

A DOIDA VAZOU

NEM QUIS MEU AMOR

NEM QUIS MEU AMOR

ELA SE QUERENDO TODA, FOI CHEGANDO, DOIDA

PRA PERTO DE MIM,

EU FUI ME SENTINDO O CARA, BOTEI A MINHA CARA,

PENSANDO NO FIM.

ELA TODA VENENOSA,

DE VESTIDO ROSA, PRA ME SEDUZIR

EU BANQUEI A NOITE INTEIRA,

FOI TANTA SAIDEIRA,

E NADA DE PARTIR.

E ELA NO ABSOLUT,

MISTURANDO ICE, UISQUE E REDBULL,

EU VIVI UM PESADELO,

ENTREI EM DESESPERO

E FIQUEI A BANGU.

A GALERA DA BALADA

ESTAVA ANTENADA NO SEU PROCEDER

EU NÃO QUIS SABER DE NADA

BANQUEI ESSA PARADA

EU NÃO SEI PERDER...

PERDI,

FOI CLAREANDO O DIA

E EU NA AGONIA,

A BANCA QUEBROU.


ELA SAIU DE FININHO,

ME NEGOU CARINHO

E FOI PEGAR O METRÔ.

A DOIDA VAZOU

A DOIDA VAZOU

NEM QUIS MEU AMOR

NEM QUIS MEU AMOR.

Curtam o Vídeo !

Fotos com amor & humor: Marylin, Sabrina Sato, Lan, Betty Boop, Garotas Cosplay e outras.



sábado, 9 de julho de 2011

O VIRTUOSE PEDRO VASCONCELLOS



Fiquei chapadão do bugre. Tenho antena “paranóica” aqui na velha fragata, o que não é de todo ruim, mesmo com trocentos canais de leilão de gado(sic)... Zapiando, passei pela TV Câmara e...parei. Nesse momento fui tragado por uma sonoridade diferente, límpida, cristalina. Acabei literalmente hipnotizado com a melodiosa beleza que me invadiu os ouvidos. Era o Trio Aquário, de Brasília, agora eu li na legenda, mas...do que se trata?

Pedro Vasconcellos, jovem cavaquinista, compositor e arranjador, criou o trio a partir da necessidade de atuar como solista e explorar novas possibilidades sonoras para o cavaquinho.

Uniu-se a Rafael dos Anjos (violão) e Eduardo Belo (baixo acústico), parceiros e cúmplices absolutos na formação do Trio Aquário. O primor do violonista Rafael acrescenta ao trabalho um toque especial, enquanto Belo, além da tradicional vertente jazzística, explora o som do baixo acústico na música brasileira e na música de concerto, somando com qualidade a proposta de Pedro.

O primeiro disco é o Primeiro. Lançado em dezembro do ano passado em parceria com o selo Brasilianos e distribuído pela Microservice, o CD apresenta sete composições de Pedro, duas de Rafael, outras duas de Belo e uma de Hamilton de Holanda. A valsa A estrela e o homem, de Pedro, puxa o disco com razão: é linda. Não menos belas são também as suas composições Noite e dia, som misterioso e envolvente e Chorinho da alegria, leve, um up-grade no clima introspectivo.

Vasconcellos pode ser degustado em outros dois CDS, curtindo outras formações: ao lado de Ricardo Nakamura, cavaquinho e piano em estética camerística/ jazzística aparecem em Transparente, outra delicada obra sua que dá nome ao disco; e A comédia do coração, de autoria de seu mestre, o húngaro Ian Guest em CD todo feito com cavaquinho e baixo elétrico, este instrumento a cargo de Ebinho Cardoso, que também desenha vocalizes com belo timbre nas linhas melódicas.

P E R F I L - Desde os 15 anos, Pedro Vasconcellos grudou no cavaquinho. Primeiro com sambas e pagodes, e em seguida no chorinho. Quando conheceu Hamilton de Holanda, lixou as unhas e caiu dentro pra valer. Estudou com Henrique Cazes, Rogério Caetano e Alencar 7Cordas, professores de cavaquinho e harmonia até a recente graduação de Licenciado em Música pela Universidade de Brasília.

Principais influencias e referencias iniciais: os americanos Pat Metheny, Charlie Haden, Keith Jarret e os brasileiríssimos Egberto Gismonti, Dori Caymmi e seu guru Hamilton de Holanda.

- “O universo musical por onde transita o cavaquinho é muito restrito. Geralmente é associado a poucos gêneros musicais, como o samba, o choro e o pagode. Uma das minhas intenções é ampliar espectro sonoro possível ao instrumento, levando-o a caminhos menos explorados...Atualmente, sou incapaz de definir o que é e o que não é influencia no meu trabalho musical. Experiências, histórias, sentimentos, idéias e coisas...tudo pode ser inspiração e transpiração para a música, “ diz Vasconcellos.

“A estrela e o homem” segue no vídeo abaixo. Visualmente não diz muito, melhor seria vê-los ao vivo como eu tive a oportunidade de assisti-los na TV, em especial a concentração de Pedro Vasconcellos, em performance beirando um transe afetivo com sua arte. O cara é um virtuose. Mas o grande barato é ouvir a sonoridade zen do Trio Aquário e da inspirada valsa.

O disco Primeiro está à venda pela internet na Livraria da Cultura e Fnac.

Fecha os olhos e sinta...

Realização Vídeo e Fotografias: Karina Santiago

Co-produtor e Técnico de som: Ricardo Nakamura



sábado, 2 de julho de 2011

CONVERSA DE TELESPECTADOR



Eu era apenas um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones, e recebi um super estimulo na adolescência: escrever uma coluna sobre televisão na revista TV-Guia. A ideia partiu do jornalista Mauricio Rabello, que batizou-a de Conversa de Telespectador - um olhar do público sobre TV. Foi uma experiência amadora, a primeira vez que assinei uma coluna – de Lima e Silva – e eu me senti...

Inspiro-me nesta lembrança para abrir novo espaço no Bucaneiro, onde focaremos a dramaturgia sob a ótica de um espectador, não de um crítico...

DUPLA DO BARULHO

Essa a Globo acertou em cheio: o seriado “Tapas & beijos” é o melhor chantily da programação atual da emissora. Bem escrito, bem dirigido e com elenco bem escalado em sintonia total com o projeto de uma comédia de costumes passada em Copacabana, “a nossa Babel”, segundo o diretor Maurício Farias.

O grande barato da série é o encontro das atrizes Fernanda Torres e Andréa Beltrão nas peles de Fátima e Sueli, duas amigas que dividem o mesmo apê e trabalham como vendedoras da Juvenal Noivas, uma loja de vestidos de noiva. É um prazer assisti-las. Elas batem um bolão o tempo todo em jogo cênico de bons passes, uma levanta e a outra corta, se ajudando no brilho final. Gol! Contracenam de verdade e tornam verossímil qualquer loucura proposta , dando uma aula de comédia.

E elas estão bem cercadas por elenco de prima: Flavio Migliaccio (Chalita), um libanês viúvo hilário, Otávio Muller (Juvenal), o encucado dono da loja, Kiko Mascarenhas (Santo Antonio), o santo casamenteiro conselheiro de Sueli, Vladimir Brichta (Armane), o muambeiro grosseirão amante de Fátima e Érico Brás (Vladimir), grande revelação como o ex-marido de Sueli.

E... palmas para Fernanda e Andréa que elas merecem.

IDEAIS EM BAIXA

O SBT ousou ao levar para o gênero folhetim tema tão relevante como o período nefasto da ditadura militar de 1964. Projeto corajoso que Silvio Santos surpreendeu a todos, gregos e troianos. O autor Tiago Santiago, com fôlego, está encarando bem a empreitada, mas a meu ver o resultado final está desequilibrado, e justo nas forças centrais do antagonismo do enredo, quando vemos o poder dos militares mais bem definidos na trama.

Talvez tenha sido por aí o motivo da novela ter assustado o público da tv aberta, especialmente com as cenas violentas de torturas e perseguições políticas. Os ideais dos jovens que caminharam na contramão da repressão estão pouco enfatizados, desnivelados e até ingênuos. Não tem brilho nos olhos desses jovens, ou cenas que retratem o espírito anárquico e justiceiro da juventude revolucionária da época. O elenco jovem está sem raça, sem tesão. Com exceção de Cacá Rosset, Lúcia Veríssimo e Cláudio Cavalcante, o elenco restante parece tão revolucionário quanto uma bala de jujuba. Alguns até com atuações over-acting.

No entanto, “Amor e revolução” merece respeito e atenção. É uma produção digna, bem acabada, ainda que os figurinos de época pareçam inadequados e a produção de arte também fora do tempo. O score musical também é confuso, com temas criados em outra época, como as músicas de Raul Seixas e outros.

Reinaldo Gonzaga, Isadora Ribeiro, Nicole Puzzi, Glauce Graeb e Antonio Petrin garantem bons momentos na novela, bem apoiados pela direção do experiente Reynaldo Boury e a produção executiva do craque Sérgio Madureira.


PSICOPATAS E BABACAS

Acordei anteontem com o comentário do Arnaldo Jabor na rádio CBN sobre a novela “Insensato coração” de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Motivado pelas últimas semanas de muita ação das cenas apresentadas, em que o foco da corrupção do personagem Cortez (Hérson Capri) e as demonizações do vilão Léo (Gabriel Braga Nunes) sobressaíram-se, Jabor falou com entusiasmo deste momento em que a trama atinge seu clímax. Enfatizou a história de psicopatas de um lado e de babacas do outro, tecendo elogios à dramaturgia de Braga.

Achei uma grande sacada do Jabor, por que se você observar bem o universo da novela ele está recheado de canalhas, a maioria não presta, e também de ingênuas criaturas, algumas simplistas ao extremo, e outras querendo se dar bem, defensoras da lei de Gérson. O estado mental patológico caracterizado por desvios, assim como o comportamento tolo e boboca (ou babaca) dos personagens estão misturados em todos os núcleos da trama. Acho que existe uma terceira vertente, que é a denúncia do preconceito e da intolerância.

Gilberto Braga tem a maestria de manejar com talento esses universos, já abordados em outras obras suas. O desenvolvimento dos conflitos está nas suas mãos e de seu parceiro Linhares. Nós, telespectadores, vibramos quando assistimos no espelho mágico da telinha um corrupto sendo preso e desmascarado, como também a retratação dos vilões que nos cercam.

Uma Gloria Pires (Norma) intensa, em plena maturidade como intérprete, nos encanta até em sua vingança. E como está bela, mama mia. A humanidade que Débora Secco veste a deliciosa Natalie também chama a atenção, e igualmente merecem destaques as atuações de Antonio Fagundes (Raul), Leonardo Miggiorin (Roni), Maria Clara Gueiros (Bibi), Ricardo Tozzi (Douglas), Isabela Garcia (Daisy), Camila Pitanga (Cartol) ,Juliano Cazarré (Isamel) e... Dame Natália Thimberg (Vitória).