sábado, 25 de julho de 2009

BLOG CINE MENU É PREMIADO



O Festival de Áudio e Multimídia – FAM – premiou em Ribeirão Preto o blog Cine Menu da produtora MKT Virtual, conferindo medalha de bronze ao terceiro lugar de melhor blog institucional. Sob o comando de Felipe Goulart, o Cine Menu informa e atualiza a galera virtual com as últimas do cinema brasileiro e internacional.



No menu do Menu, manchetes apetitosas: além dos vencedores do II Festival de Paulínia recém realizado, tem matéria sobre a seleção oficial do 37º Festival de Gramado. Mas imperdível mesmo é o tease-trailer de 1 minuto do novo sorvete cinematográfico da Disney: “Alice no País das maravilhas” que Tim Burton produz com Johnny Depp e Anne Hataway (fotos). È delicia pura, sintonizem.



O colírio do blog fica com o doce visual da atriz Karen Junqueira (foto), que está se preparando para rodar em setembro “O Doce Veneno do Escorpião” com o diretor Marcos Baldino, baseado no livro de Bruna Surfistinha.
O Bucaneiro não resistiu e seqüestrou o flagrante acima, na fotografia da Karen/Surfistinha para a revista Trip. Baba, baby, baba.

Sintonizem o Cine Menu. Irresistível para cinemaníacos de plantão.

http://www.cinemenu.com.br/blog


GALERIA LETRA E MÚSICA



Ao lado de Mautner, Macalé, Melodia, Tom Zé e Walter Franco, SÉRGIO SAMPAIO reinou no clã dos Malditos lá pela década de 70. Capixaba de Cachoeiro de Itapemirim, chegou ao Rio de Janeiro em 1967, com 20 anos. E muitos sonhos blues.
Morou em pensões na Lapa, dividiu vaga com malandros, travestis, militantes políticos e marginais. Um dia foi à gravadora CBS e encontrou seu mago descobridor : Raul Seixas, então produtor, caiu de boca com suas composições, e alavancou compacto simples com Ana Juan e Coco Verde, além de contratá-lo para o quadro de músicos.

Gente boa, o Galeria Letra e Música abre espaço para as letras mais cabeça da mpb, que focam sentimentos absolutos. Não poderia ser com outro senão com ele.



Boa parte de sua obra genial está no CD que Sérgio Natureza criou em 2007: Balaio do Sampaio, com super cast: Dussek, Zizi Possi, Lenine, João Bosco, Erasmo Carlos e Luiz Melodia, todos cantando Sampaio.

A Galeria Letra e Música apresenta


QUATRO PAREDES
De Sérgio Sampaio

Quando você me pergunta se tenho certeza
Se fico zangado com sua franqueza
Minha natureza me leva a dormir.

Quando você se preocupa com minha franqueza
Eu fico parado no mundo, obrigado
Um pobre coitado, não vais entender

E aí de novo soluço, te corto a palavra
Te deita de bruços na cama
Então me chama, meu amor
E assim eu guardo seus dias de chuva
Dentro de mim

Quando voce quer saber se tenho mais fé
No poder do divino
Que nos grandes olhos dos nossos meninos
Eu vou me deitar

Eu sou quem curte o silencio, o momento, o segredo
Quem geme de frio, quem fica com medo
Quem anda abatido sem ter um lugar pra morar

Eu tenho pressa, não minto,
Mas sinto que estou entre as quatro paredes da vida
E tenho sede, meu amor
E guardo tudo com muito cuidado
Dentro de mim.



segunda-feira, 20 de julho de 2009

ESTUDIO F : 100 PROGRAMAS NO AR !





Quem ouve rádio aí? Acredite se quizer, mas ele ainda é um poderoso meio de comunicação e um parceiro interessante do cotidiano. Seja na hora da barba, das abluções matinais, durante a tarde, de fundo, na madruga silenciosa, na faxina e no lazer é um coadjuvante do bem. Pra namorar também, pode rolar uma trilha sonora surpreendente. Pra trabalhar no computador, cai bem. Ao contrário da televisão que exige plantão da retina, o velho rádio deixa o ouvinte livre e ao mesmo tempo antenado, seja na música, na informação, no comentário, na entrevista. Você cria as imagens que quizer e ainda aprimora o aparelho auditivo.
Sou um radio-ouvinte de AM (Onda Média) bem democrático, tem hora pra tudo. Os programas kitsch são fascinantes, os cabeça fazem a cabeça (culturais e informativos), os bizarros são hilários, sempre tem vida inteligente no universo do rádio. Tem de rolar o dial, manusear, descobrir. As transmissões esportivas pelo rádio são imbatíveis. Tem também muito cara medíocre, moralista, que nivela o público por baixo. Um mundo inacreditável aparece no imaginário, podes crer amizade.



Tive duas experiências legais no veículo: primeiro foi o programa Radio Pirata que criei, escrevi e apresentei junto com a Tânia Scher e o Yuka Parkinson nos anos 80. Uma rádio espacial clandestina invadia a programação da petropolitana Rádio Melodia (antes de ser evangélica) propondo um caleidoscópio atemporal. Vicente Pereira, o grande, escrevia o horóscopo com aquele humor especial. De Linda Baptista à Nina Haegen, o som era anárquico. Dussek, Oscarito, Elvira Pagã, Lou Reed e Raul Seixas davam o tom irreverente. Misturávamos comportamentos, modas e conceitos num liquidificador bem humorado e sacana.

No final de 2006 estava terminando minha colaboração no site Canal Funarte, patrocinado pela Petrobras, onde passei o ano como redator ao lado de uma super equipe comandada pelo Paulo César Soares, quando ele me pediu um programa de rádio. A Funarte e a Radiobras (hoje EBC), através do diretor do Centro de Programas Integrados Victor Ortiz, acordaram um programa na memorável Rádio Nacional, que utilizasse o acervo musical da Fundação. Tudo voluntário da pátria, ou seja, não tinha verba. Topei.
Assim nasceu o ESTUDIO F, da noite pro dia. Pedi ao Paulo César um tema musical, e ele ganhou do amigo Paulo Baiano um lindo de presente. De resto, mergulhei na pesquisa e formatei como um programa musical com conceito, sem ser didático. E que resgatasse a verve de ator do Paulo César na apresentação descontraída, coloquial, bem humorada e elegante.

Nesta semana ESTUDIO F chega a marca de 100 programas no ar. Escrevi os programas iniciais utilizando os discos do Projeto Almirante, levantando vida e obra de compositores como Cartola, Garoto, Braguinha, Geraldo Pereira, Custódio Mesquita, Assis Valente, Antonio Maria e muitos outros.


Alternando programas de compositores e intérpretes, o F firmou sua personalidade com dedicação e persistência da equipe, que hoje tem a assinatura brilhante de Cláudio Felício nos roteiros, produção musical de Nelson Lopes, edição de Joaquim Monteiro, e suporte de Juracy Lopes.

Para celebrar o centenário à altura, vai ao ar nesta semana programa sobre o genial Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha (1897-1973) de todo sempre. Bela ideia de eternizar uma ideia.

Parabéns Paulo César, Victor, Baiano, Cláudio, Joaquim, Nelson, Juracy e Cristiano Menezes da Rádio Nacional !

O Bucaneiro apresenta aqui e agora o ESTUDIO F número 100.
Link abaixo: feche os olhos e sinta.

www.canalvirtual.org/player.php?uid=1125


E S T U D I O F
Terças às 20h e reprise aos Domingos às 23h
Rádio Nacional (AM) 1130 kHz
E
Domingos às 20h na Rádio Nacional FM de Brasilia,
Às 22 hs na AM de lá e na Nacional FM da Amazônia.

Todos os programas da série podem ser escutados no Canal Funarte:

www.funarte.gov.br/canalfunarte



Fotos: Acervo Bucaneiro e Funarte
Foto Pixinguinha: Acervo Instituto Moreira Salles

sábado, 18 de julho de 2009

CAÓTICA DE REYNALDO JARDIM



O poeta, escritor, jornalista e talking head da Geração 60’ REYNALDO JARDIM acaba de produzir Sangradas Escrituras, quase 1200 páginas de poemas escritos ao longo de 64 anos de poetagem explicita.
Boa parte do livro é constituída de poemas inéditos, alguns escritos este ano, como uma paráfrase dos Cânticos dos Cânticos de Salomão.
A Geração Editorial lançará breve a obra em 2 volumes: Retaguarda e Revanguarda, com prefácio de Ivo Barroso, crítica e comentários de Léo Gilson Ribeiro, Ferreira Gullar e Helio Pellegrino, entre outros.
É a mais revolucionária obra de poesia contemporânea.

O autor apresenta em avant para o Bunaneiro, o sétimo poema do primeiro volume: “Caótica, a epopéia terminal”.
Em contrapartida, pinçamos pinturas de Salvador Dali (1904-1989) como ilustrações.



Caótica, a derradeira epopéia
De Reynaldo Jardim


1
Aqui, imerso em fogo de água e
metal; aqui, ensandecendo a
ferrugem do sal; o ar se diz
solvendo no próprio nitrogênio;
um deus regurgitando arte, ofício,
engenho; aqui, onde a carência
agoniza de excesso; aqui se
inaugura o verso do universo.


2
Já bastara sentir o pulso em
descompasso; o pâncreas solvendo
lixívia sobre o baço; o fígado
gemendo angústia compulsiva; a
medula dos ossos em aço enrijecida; o
fêmur amolecendo o cálcio de sua
fibra; já bastara supor vencida a validade
do tempo de existir qualquer fertilidade.


3
Eis que despenca no horizonte
o sol trincado; em penca todo fruto
apodrecendo a polpa; a grama
amarelando o verde da alcatifa;
o vendaval de estrelas nenhuma
estrela poupa; derrete-se em sorvete o
topo da montanha; corrompe-se a
medular entranha do granito.




4
Engravidando a terra, a curva do infinito;
o mar erotizando opulência e pasmo;
fervilha sob ondas a fúria do espasmo;
o canto de Iemanjá resulta em sortilégio;
a noite deixa o dia sem cura e remédio;
da lua nem sinal no céu tão malsinado;
o Tao é mausoléu no espaço introvertido:
o espaço se conturba, de dores contorcido.


5
A abelha chora a dor do tempo
trucidado; raspa, em brasa candente, o
ventre do batráquio; o salto do
leopardo estanca em pleno vôo; a
asa da gaivota depena-se no ar; o
felino evapora quando ia saltar; a
bailarina chora a impossível dança;
finda-se em descompasso o som-desesperança.


6
Sangram leite das mamas, vacas emplumadas;
o pasto esturricado em cinza se escama;
carnes se corrompem no cheiro azedo e
acre; revoada de urubus teria seu
repasto; na carniça o veneno
da morte os aguarda; sucumbem os
comensais à primeira fisgada; sem
saber que o destino tramou a armadilha,



7
uma hiena faminta convoca a matilha;
no ar se esgarceia a pele do ozônio;
queimaram-se, nos anjos, fusíveis e neurônios;
sereias e duendes estertoram-se em
massa, sem ter quem agradeça sonho e
fantasia; sem extrema-unção, na unção da
agonia; sem bálsamo de alívio, pompa e lenitivo;
sem pombas layoutando nova assimetria.


8
O intestino do sol geme claras
e gemas; cristais perdem a volúpia
de bêbados fonemas; na argila
rochosa, nenhum estratagema:
o mercúrio se aquece e logo
cristaliza; o alquimista insano
mergulha em pesadelos, ao perceber
que em chumbo anoiteceu o ouro;



9
O sujo caramujo perde viscosidade,
razão de tanto brilho, paixão de seu orgulho;
a lesma pasmacenta pasma agoniada,
revolvendo a lixeira, submersa no entulho;
cavernas desabam feridas de erosão;
áspides suicidas ingerem formicida;
morrem de congestão os bichos das goiabas;
até as colibris se tornam depravadas.



10
O Nilo areniza o leite de seu leito;
o Negro pulveriza lendas e segredos;
o Velho Chico assume a derrota senil;
o Tietê moribundo é um riacho de medo;
a bandeira estremece, não há mais Brasil;
Portugal e Espanha sumiram do mapa;
Piauí e Alemanha, áridas sucatas.
A Europa lamaçal, paraíso de larvas.




11
Não é apenas o estrondo fúnebre do parto
de bombas, a estraçalhar a carne do
oceano; nem tampouco o furor de fúria do
rochedo, sobre o planalto de febre e desencanto;
nem seria a combustão de estrelas frágeis
chocando-se perdidas no universo flácido;
ou o espaço sem vento, esmagando o tempo;
o tempo dissolvendo o arco do compasso.


12
Sem lastimação, lamúria ou liturgia,
não há carpideiras pranteando o agora,
reinventando a aurora, anunciando o dia;
não há quem doutrine nova teologia;
o epílogo do tempo implantou sua crava
a máquina do sêmen perdeu graça e graxa;
não há mais silogismo, pudor, escolástica;
ninguém articula a última palavra.



13
Nada rasteja, nada revoa: no ar;
nada repulsa, nada pulsa: no mar;
nada reclama, tombada luz: solar;
nada inflama, gélido gás: polar;
nada conturba, a turba torpe: letal;
nada contrai, é o horror: crepuscular;
nada flutua a funda dor: é terminal;
nada do nada, nada é: ponto fatal.


14
A fadiga do horror destrava a curva da adaga;
derrete-se no aço a textura do osso:
neurônios decepados a memória apagam;
o estado do silício é silêncio gasoso;
lépido flagelo flagela outros flagelos,
destrói o contexto, fracciona e emperra;
em verso a cesura fratura, no poema,
o transcurso tragicômico do esperma.


15
Ninguém vislumbra uma pausa silenciante;
o histérico estrondar da catedral ruindo
barra tanto seus berros que se torna extinta
a flueza do vento transudando linfa;
em tudo uma fuligem cinza incandescente;
grilos a ressoar silvo intermitentemente
a pandemia grassa, dolorido insight,
Bill Gates se implode em n nanobites.




16
O nada absoluto instala a prepotência;
excomunga do verbo os modos temporais;
interrompe-se o movimento de ascendência;
os advérbios são manchetes siderais;
pois que o futuro é esperança irrelevante,
não há filosofia, mística esotérica,
piedade, ternura, medo, compaixão,
nem a lendária espera da ressurreição.




17
Antes mesmo que do psicosmo despencasse
incauto meteoro de labareda aflita,
a Antártica a inocência conspurcara
estraçalhando o testemunho de seus vidros;
já a Terra inclinara o desleixado eixo:
já se apodreciam, das focas, os ovários;
não pulsava, ao norte, a síndrome da morte;
nem latejava fria a síndrome devida.

Todavia
caverna de útero abissal
- blindada por cristais de aço-madrepérola -
abriga algo

?alga
?gene
?pólen
vírus?


a energia seminal
alma primordial
e o algo resiste
insiste, persistente,
dá graças a Deus
pelo esplendor da Vida
faz o sinal da cruz
- unhappy end –
agoniza e
expira


r.jardim / 21.05.2009


Foto 1: Zeka Araujo
Ilustrações : Salvador Dali (1904-1989)

terça-feira, 7 de julho de 2009

O ANIVERSÁRIO DE ISABEL


ISABEL RIBEIRO (1941-1990) nasceu dia 8 de julho em São Paulo. Canceriana, filha de uma polenesa e
um político paulista, cresceu menina tímida e sozinha. Aos 22 anos seu destino mudou por completo ao assumir a identidade/persona da Atriz, que atuou com brilho em 27 filmes, 21 peças de teatro e 15 novelas. Incensada pelos colegas, admirada pela mídia especializada e querida pelo público que conquistou, foi premiada algumas vezes, com reconhecimento popular na televisão, respeito da platéia de teatro e status de dama do cinema brasileiro. Escrevi sua biografia para a Coleção Aplauso (Imprensa Oficial do Estado), lançada no final do ano passado em Sampa e Rio de Janeiro.

ISABEL RIBEIRO ILUMINADA foi escrita com a colaboração de 15 amigos do peito: Joana Fomm, Telma Reston, Zezé Motta, Hildegard Angel, Leila Ribeiro, Zelito Vianna, Luiz Carlos Lacerda, José Wilker, Nildo Parente, Kleber Santos, Arnaldo Jabor, Carlos Diegues, Stepan Nercessian, Augusto Boal e Eduardo Coutinho; e mais sua irmã, Maria José Oliveira Leite, seus filhos Flávio Ribeiro, Luiz Paulo e José Clovis Ribeiro Pinto.



Recebido bem pela imprensa, colegas e público, ele vai sendo absorvido discreto e docemente, como a musa inspiradora. Pode ser encontrado nas livrarias virtuais e sob encomenda no site da Imprensa Oficial. No RJ, a Livraria Dona Laura, da Casa de Cultura Laura Alvim, tem edições à venda.

O livro possibilitou a oportunidade de assinar meu primeiro trabalho como escritor. Por causa dele fui procurado pela atriz Isolda Cresta (1929-2009), que me escolheu para fazer sua bio. Mas não deu tempo que o fizesse com sua presença física. Isolda voou recentemente ao encontro da querida colega, que tanto admirava. Assim, repetindo o mesmo processo de apuração, pesquisa, entrevistas, me encontro no momento escrevendo seu livro para a mesma Coleção Aplauso do Rubens Ewald Filho e Hubert Alqueres, um oásis no resgate dos grandes nomes do teatro, cinema e televisão.

Frederica Isabel Iat Ribeiro, ou simplesmente ISABEL RIBEIRO, deixa em todos nós que tivemos o privilégio de amá-la na vida terrena, a delicadeza de sua presença tatuada na vida eterna. Gueixa de corpo e alma, encantou a todos que não se cansam de evocá-la e saudá-la.

O Bucaneiro publica poema escrito por Joana Fomm, que está no livro, em homenagem à super querida Frederica no dia de seu aniversário de nascimento.


C A N Ç Ã O D E I S A B E L

Ai, Isabel é tão doce

tem asas em vez de braço

e voa suavemente

por dentro da gente.


Ai, Isabel é tão doce

que não zanga se magoa

nunca ri se enternece.


Isabel envelheceu

no dia em que foi parida

e sua alma cresceu

como uma linda ferida

que ela usa como broche no vestido.

Ah, que tempo perdido

ah, minha doce Isabel

broche saiu de moda

e alma nunca foi nada.




Foto 1 : Sérgio Fonta
Foto Capa: Fred Confalonieri

sábado, 4 de julho de 2009

RETRATO DE EMILIANO QUEIROZ

No Cineport da Paraíba em maio, lançando biografia escrita por Maria Leticia


Estreia neste domingo, dia 5, às 18h, o programa Retratos Brasileiros EMILIANO QUEIROZ, dirigido por Maria Letícia para o Canal Brasil, permanecendo na grade de programação da genial emissora a cabo. Com estrada longa percorrida como ator do teatro, cinema e televisão, Emiliano está na sobremesa da vida - nome de sua biografia, também escrita por Letícia para a Coleção Aplauso (Imprensa Oficial do Estado) em 2006 - contando sua trajetória nas telas, nos palcos e na vida cotidiana.


Como Dirceu Borboleta no lendário “O Bem Amado” (1973)

Com uma super galeria de personagens marcantes em todos os veículos, como Stauber de “Sheik de Agadir”, o Juca Cipó de “Irmãos Coragem”, o Dirceu Borboleta de “O Bem Amado”, o Veludo de “Navalha na Carne”, o Tonho de “Dois Perdidos numa Noite Suja”, o tio Biju de “Cambalacho”, o Seu Chico do Sal de “Casa de Areia”, o Amador de “Madame Satã”, a Geni de “A Ópera do Malandro”, entre outros, o programa dá uma geral em sua movimentada carreira, sintetizando tudo em 26 minutos de duração, sob a batuta de sua querida Maria Leticia. Na finalização de edição, Aruanã Cavalleiro.
Foram gravadas cenas na praia de Canoa Quebrada, Aracati, berço do ator cearense, onde ele conta um pouco da sua infância e juventude.


Em “Equus” (1977) contracenando com Ricardo Blat

Atravessando gerações de diretores e atores com quem trabalhou, depois de mais de 50 anos de estrada, prossegue bem solicitado pelos cineastas e diretores de teatro e tv jovens e contemporâneos. No momento roda com Arnaldo Jabor “Suprema Felicidade”.
O Retratos Brasileiros mostra imagens de seus elogiados desempenhos em curtas recentes, como “Tangerine Girl” de Lyloe Bubli, “No Principio era o verbo” de Virginia Jorge e “Bala perdida” de Vitor Lopes, este em momento eletrizante.


Uma curiosidade do programa está na exibição das cenas da
peça “A Ópera do Malandro” de 1978, dirigida por Luiz Antonio
Martinez Correia, onde ele está soltando os bichos na pele de
Geni, cantando o emblemático tema de Chico Buarque “Geni e o
Zepellin”.
As seqüências inéditas foram restauradas de um super8, e são históricas. Em performance visceral, o ator veste a personagem com igual despudor e originalidade, tendo sido aplaudido em cena aberta em todas as récitas. The best.



O Bucaneiro bota tapete vermelho e mostra com exclusividade na Internet este special momento. Vejam, a seguir.




E joguem rosas no Emiliano, ele merece !



Foto 1: Horácio Roque
Foto 2: CedocTv Globo
Foto 3: Paulo Marcelo Lima e Silva
Foto 4: Artur Franco

quarta-feira, 1 de julho de 2009

BIBLIOTECA DIGITAL



Alô, internautas de todas as tribos e praias, atenção:
chegou a BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL no universo da web! Com a grife oficiosa da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – o Site permite consultas pela internet ao acervo das grandes Bibliotecas e Instituições culturais de todo mundo, inclusive o Brasil.Dezenas de milhares de livros, imagens, manuscritos, mapas, filmes e gravações, tudo digitalizado e traduzido em diversas línguas, está agora ao alcance de todos mortais. Estudantes e curiosos do planeta estão bem servidos. Pra quem está antenado na História, é um prato cheio.





O mapa de 1562 mostra o “novo mundo”, acervo da Biblioteca do Congresso Americano, cujo diretor, James Bellington é o dono da ideia da Biblioteca Digital. Diz Bellington: “Eu lancei essa ideia, e sugeri colocá-la em prática nas principais línguas da ONU, como o árabe, chinês, inglês, frances, português, russo e espanhol.”





A impressão multicolorida da Dieta Imperial mostra a sua construção no centro de Tóquio, Japão, em 1891, como a segunda sede, para substituir a primeira que foi destruída pelo incêndio. Ao lado de cada ilustração, uma descrição em forma de verbete informa cada ítem escrito em textos sucintos e super informativos.
Entre os documentos , há tesouros culturais como a obra da literatura japonesa O Conde de Genji, do século 11, considerado um dos romances mais antigos do mundo.







De 8000 a.C a 2009 d.C são 1180 ítens preciosos. Fácil de navegar, o internauta clica em 5 links básicos: Lugar, Período, Tópico, Tipo de Item e Instituição. Abrindo o Site, pode-se escolher o continente desejado para a pesquisa: América do Norte, Europa, Ásia Meridional e Ásia Central, Ásia Oriental, África Setentrional e Oriente Médio, Sudeste da Ásia, África, América Latina e Caribe e Oceania e Pacífico.

A Piazza de San Marco, em Veneza, mostrada acima, é impressão fotocromática da principal praça de Veneza no final do século XIX, feita por volta de 1890-1900. Ao fundo avista-se a basílica de São Marcos, estrutura bizantina.





Fotografia de 1895 mostra o chefe zulu, o maior grupo étnico da África meridional, fazendo uma saudação militar tipícamente ocidental, batendo continência, ora vejam só.
O projeto contou com a colaboração de 32 Instituições de países como China, EUA, França, Brasil, Grã-Bretanha, México, Rússia, Arábia Saudita, Egito, Uganda, Israel e Japão.
O coordenador do Site, Abdelaziz Abib explica:
“As instituições continuam proprietárias do seu conteúdo cultural. O fato dele estar no Site da Unesco não impede que seja proposto também a outras bibliotecas”.





A foto-litografia Mulberry Street, Nova York, data de 1900 e documenta a vida movimentada da rua de imigrantes, principal via do Little Italy, numerosa de italianos que disputavam espaço e oportunidade econômica com outros imigrantes recém-chegados, como israelitas, russos, austro-húngaros, irlandeses, holandeses, ingleses e alemãs.




Da Biblioteca Nacional do Brasil pinçamos o mapa da baía do Rio de Janeiro, de 1764, feita pelo cartógrafo Jacques Bellin, apresentando mapeamento cuidadoso das baías, mares e portos.
Outro conteúdo da biblioteca brasileira mostra rara fotografia da Imperatriz Thereza Christina, consorte de Pedro II.




Fica a dica para os "blocaneiros" com sede do saber, é só acessar:



www.wdl.org