segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

NAVALHA NA CARNE DA PRAÇA TIRADENTES



A mais emblemática das peças de Plínio Marcos ganha uma nova leitura in loco da sua concepção: um hotel na Praça Tiradentes.
NAVALHA NA CARNE”, dirigida por Rubens Camelo, movimenta o apartamento 107 do Hotel Nicacio nos fins de semana com o embate das tres personagens, Neuza Suely, Vado e Veludo, arquétipos daquele universo, vividos por Marta Paret, Rogério Barros e Wendel.


Rogério Barros e Marta Paret : brilhantes interpretações

No charmoso blog do escritor Aguinaldo Silva (www.aguinaldosilvadigital.com.br) , misturado à Madame Satã, Susana Vieira e João do Rio, um post destaca a montagem com o provocativo título “Fim de semana num puteiro”, acompanhado de um “gostamos muitíssimo!”.


Zé Wendel, Emiliano Queiroz, Marta Paret e Rogério Barros

Emiliano Queiroz, ator pliniano por excelencia, criador festejado do Veludo na montagem de Fauzi Arap (1967) e no filme cult de Braz Chediak (1968), aplaudiu com entusiasmo a ousadia da montagem e as excelentes atuações dos atores.

Realmente Marta Paret é extraordinária intérprete da nova geração.
Segundo Emiliano, “a montagem valoriza o brilhante texto de Plínio Marcos em espetáculo de rara beleza.”

As temporadas da peça são sempre relâmpagos, esta já é um desdobramento de outros locais. O certo que até o dia 26, às sextas e sábados às 21.30h, o Hotel Nicacio na rua Imperatriz Leopoldina, abriga para 22 especiais espectadores uma tonelada de emoções fortes e dilacerantes, onde tudo é um mix de personagens/situações reais e de ficção.
É navalha na carne e na veia!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

UMA BALADA SAFADINHA




S o m e t h i n g S t u p i d” é daquelas baladas que você escuta e nunca mais esquece.
Quando Frank Sinatra gravou nos 60’ com sua filha Nancy logo apareceu uma versão tupiniquim. Era a época da açucarada Jovem Guarda, e um George Freedman emplacou o sucesso por aqui com o nome de “Coisinha estúpida”. A versão era bonitinha e ingênua, mas não traduzia ao pé da letra a baboseira melosa. Mas funcionou legal.

Para celebrar o verão dos que estão apaixonados (ou pretendendo ficar), vale curtir os gostosos Nicole Kidman e Robbie Williams em clipe charmoso, com direito a Cadillac, chicote, tapasex e sexo oral. O carisma do casal torna a balada pra lá de safadinha. OBA!

Saquem só.


sábado, 5 de fevereiro de 2011

A PARTIDA DE REYNALDO JARDIM




Perdeu-perdeu, perdemos todos! Menos vida inteligente na atmosfera com a partida do poeta Reynaldo Jardim na última terça feira. Órfãos, viúvos e carentes, nos contentamos com lembranças de sua dignidade, doçura e sabedoria.

Passa um filminho, e eu me vejo aos 18 anos na TV Continental, estimulado por ele a se integrar aos quase 100 universitários que ele liderava. Sol. Ele era o astro rei que nos iluminou e formou. Poder jovem da cabeça aos pés, nos encorajou naquele 1968 de mudanças e embates.

Quando eu e Catito (Theresa Jorge) denunciamos no ar que um diretor da emissora comprou dois cavalos, enquanto os funcionários não recebiam seus salários, recebemos o bilhete azul: o programa acabou. Bronca de Ana Arruda e clima sinistro de culpa.
Quando Reynaldo chegou de viagem, olhou e disse: “Fizeram muito bem.”

Quantas histórias cada um de seus pupilos viveram com ele!

De seu penúltimo livro “Lagartixa escorregante na parede de domingo”(2005, Editora Folha Dirigida) que Adolfo Martins lhe presenteou, vamos saborear a leveza e o bom humor infinito do Mestre, onde ele narra encontro com seu amigo e velho companheiro Ferreira Gullar.

UM ENCONTRO SINGULLAR
de Reynaldo Jardim

Na Livraria Travessa,
dei de cara com o Gullar:
- Vamos tomar um sorvete,
faço questão de pagar.
- Prefiro café com leite,
acabei de acordar,
pão quentinho com manteiga,
me desculpa a rima em ar.
- Rima pobre fica rica,
se o poeta é um Gullar.
E a poesia como vai ?
- Ela não vai, ela vem.
É só ficar de tocaia,
para não perder o trem.
Se ela dobrar a esquina,
eu dobro a esquina também.
Pego a bicha no cangote,
ponho no triturador,
dou um amasso ela geme,
ou de prazer ou de dor.

Se não geme jogo fora,
mas se geme é gema fina,
faço um poema de pedra
ou de fruta tangerina.
Faço um poema sujo,
ou um poema menina.
Já fiz poema concreto,
um livro só de formiga.
Fiz soneto, fiz cordel,
fui um poeta de briga.
Já fiz poema – Tereza,
(que saudade, doce amiga)
já tive muita alegria,
e tristeza nesta vida.
Escrever é meu destino,
poetar é minha sina.
- Vamos tomar um café,
no boteco da esquina.
De onde se avista o mar,
o mar azul, barco azul.
Que o ar azul ilumina.


Mais Reynaldo Jardim no Bucaneiro : Postagens antigas
Cafofo da Poesia 1 - “A Noite” – Janeiro 2009
“Caótica, a epopéia terminal” (de “Sangradas Escrituras”) Julho de 2009


Foto: Acervo João Rodolfo do Prado, enviada por Vera Sastre

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A NOITE DOS PIONEIROS - Parte 2 -



“Sempre cabe mais um quando se usa Rexona”, lembram daquele comercial ?
Poisé, foi tanta gente maneira no lançamento do livro da TV Tupi, que rola agora uma segunda parte do registro. E assim mesmo, muitos ficaram de fora - oh, dor!


João Lorêdo, peça chave da história da Tupi, veio de Juiz de Fora especialmente e foi muito cumprimentado e acariciado pelos colegas. O Loredão é queridíssimo.
Lídia Mattos e Almeida Castro completam o tripé Tupi de qualidade.



Maria da Glória foi mais que colaboradora da confecção do livro, foi parceirona mesmo, aliás, o que ela sempre soube ser com seus amigos.


Marilia Pêra deu os primeiros passos na telinha no “Clube dos Morcegos” do João Loredo.
Sua mãe Dinorah Marzullo brilhou nos humorísticos do canal 6, e é um dos destaques do capítulo No reinado do humorismo.



“Já vai começar o Almoço, primeira atração do AP Show, Aérton agora vai almoçar, Almoço com as Estrelas no ar !” Assim, Janny Mosso apresentava o famoso programa do animador Aérton Perlingeiro ao lado de Pocci Grey e Manon Kroft.
Janny abrilhantou a noite com seu sorrisão esfuziante.


Sylvia Bandeira prestigiou também o lançamento da biografia de Rubens Correa – “Um salto para dentro da luz”, que Sergio Fonta escreveu.


Adonis Karan, o homem dos festivais de música, compareceu com a poetisa Alice Monteiro.


Gustavo Ribeiro com o casal Nilza e Paulo Marcelo. Paulinho assina diversas fotografias do livro.

Íris Bruzzi foi princezinha do "Trol" quando Norma Blum folgava. E foi na Tupi que ela estreou com brilho a segunda Ofélia do “Edifício Balança Mas não cai” quando Sonia Mamede saiu de cena.
AVISO AOS NAVEGANTES
Quem quizer comprar o livro e não está encontrando, a Livraria da Travessa faz a encomenda à Imprensa Oficial e pronto. Fone: (21) 3138.9600
Outro caminho rápido e barato é o site da Editora. Ela não cobra taxa de entrega e voce paga com cartão ou boleto bancário: www.imprensaoficial.com.br/livraria
Preço: 30 paus
Fotos: Júlio Pereira
Fotos 1 e 4: Sheila Gonçalves