domingo, 30 de março de 2014

GALERIA OS BRAVOS GUERREIROS


Não esqueceremos as dores do Golpe, mas... para sempre serão lembrados aqueles brasileiros que encararam a ditadura militar com bravura, aqui representados por uma parte expressiva deles. Sem eles, não teríamos conseguido chegar ao exercício pleno da democracia.

caetano, norma, chico, isolda, glauber, gil, dilma, lula, vandré, brizola, herzog, fernanda, fernando, zé celso, stuart, zuzu, blum, claudio, maria da conceição, marcos, dahl, ulisses, dom hélder, tonia, leila, ziraldo, zé dirceu, darcy, joana, cony, cacilda, cleyde, vladimir e marcio



















































































 




quarta-feira, 26 de março de 2014

VARIETY PIRATA


O Brasil está temático e replica a ferida exposta da ditadura militar (1964-1985) na marca dos 50 anos do Golpe de 64. Não se trata de uma ferida cicatrizada, não, ainda sangra a cada revisão histórica que é levantada desse tempo negro...e também não é uma celebração.

EM BUSCA DE IARA


O documentário “Em busca de Iara” de Flavio Frederico e Mariana Pamplona estreia nesta sexta, dia 28, em dez capitais brasileiras,  focando a história da militante e guerrilheira IARA IAVELBERG (1944-1971), psicóloga e professora que ao integrar o MR8 tornou-se a companheira do ex-capitão do exército Carlos Lamarca (1937-1971), um dos maiores combatentes da luta armada.

Uma das figuras emblemáticas da história da guerrilha, ela tornou-se marxista depois da separação do primeiro casamento, quando  envolveu-se  com o líder estudantil José Dirceu. Ao se apaixonar por Lamarca, dois meses depois  dele  deixar o exército, “Clara” passou dez meses vivendo em “aparelhos” com o parceiro, sempre em companhia de “Vanda”, codinome de Dilma Rousseff, a nossa Presidenta.

VEJO UM VULTO NA JANELA, É PRIMEIRO DE ABRIL


O filme “Primeiro de Abril, Brasil”de MARIA LETICIA, é baseado em “Vejo um vulto na janela, me acudam que eu sou Donzela” de Leilah Assumpção, peça escrita em 1964 que foi proibida pela censura, e só foi montada em 1979  por Emilio Di Biasi. O longa foi rodado em 1988 e percorreu festivais e mostras internacionais saudado com boas críticas. No Festival de Gramado daquele ano, Rosamaria Murtinho abiscoitou o Kikito de Melhor atriz.

O livro, com storyboard do artista plástico MIXEL sobre o roteiro assinado por Leticia e Emiliano Queiroz, será lançado no dia 31 de março na Casa de Cultura Laura Alvim às 19h. O formato criado por MIXEL virou modelo e foi elogiado por cineastas.  A peça enfoca a tomada do poder pelos militares  sob o  prisma de “donzelas” de um pensionato para moças. No elenco, também atuam, além de MARIA LETICIA, Tessy Callado, Ticiana Studart, Melise Maia, Ida Gomes e Ricardo Blat, entre outros.

DARCY,  DO TAMANHO DO BRASIL


Uma das maiores unanimidades brasileiras, o antropólogo, escritor e político DARCY RIBEIRO (1922-1997) foi um dos maiores pensadores brasileiros. Duas questões primordiais ocuparam sua vida pública: os Índios e a Educação. Este personagem desbravador e inesquecível será o tema de uma série televisiva que estreia na próxima quinta feira, dia 2 de abril, às 20hs na TV Brasil (ex TV-E) sob a direção de ANA MARIA MAGALHÃES: “O Brasil de Darcy Ribeiro”.

Chefe da Casa Civil do Presidente João Goulart (1919-1976), DARCY  teve seus direitos políticos cassados no Golpe e se exilou no Uruguai.Vice-governador de Leonel Brizola (1922-2004) no Rio de 1983 a 1987, ele criou os Centros Integrados de Ensino Público – os CIEPS.  Agora, sua história fascinante de vida, tem a sensibilidade de Aninha Magalhães, autora do elogiado doc “Reidy, a Construção da Utopia” sobre o arquiteto Affonso Eduardo Reidy (1909-1964), na narrativa de sua vida e obra. O primeiro episódio é “O paraíso perdido”.

domingo, 16 de março de 2014

ESMERALDA, A MULATA JOIA


Altamente apreciada como gema valiosa, a esmeralda era chamada pelos gregos como “a deusa verde  de todas as pedras” e entre os romanos considerada “a pedra do amor”, da confiabilidade e fidelidade. Cleópatra acreditava que nela residia a beleza de Vênus e enfeitava-se com as mais belas... 


ESMERALDA BARROS é baiana de Ilhéus (nascida em 4 de setembro de 1945) e carioca por adoção. Foi no Rio de Janeiro que ela  começou sua carreira de atriz, ficou conhecida internacionalmente e vive até os dias hoje. Ela foi chamada por Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, de ‘mulata-banquete’, exaltando as formas esculturais de um dos corpos mais perfeitos da raça-negra.O corpo chamou atenção mas o seu carisma pessoal falou mais alto.


Na Itália, onde viveu por vários anos, rodou diversos spaghetti-westerns, e chegou a ser cogitada para um longa mexicano com Marlon Brando, vivendo Ramona,  a mulher de Che Guevara; e até filmar com Fellini, A Odisséia de Ulisses, como Penélope, mas os dois projetos não vingaram.


Quando trabalhava num consultório dentário em Copacabana, ela foi convidada a participar do concurso do Miss Renascença, o clube tijucano fundado em 1951 por negros que lutavam por seu espaço; clube esse que teve presença marcante no concursos de beleza, especialmente no Miss Brasil. Considerada ‘barbada’, chegou a vice em 1964, perdendo para a também bela Vera Lucia Couto, apesar da torcida confiante.


No livro “Fala, Crioulo” (Editora Record), de Haroldo Costa, Vera Lucia Couto, a vencedora, e posteriormente o quarto lugar do Miss Guanabara, declarou:
“A minha  principal competidora era a ESMERALDA BARROS, que tinha uma enorme presença, um corpo belíssimo e grande traquejo de palco porque já tinha trabalhado em shows, etc. Mas eu terminei ganhando.E acho que foi muito mais na passarela do que em termos de plástica, beleza e tudo mais, sabe? Porque a ESMERALDA tinha uma plástica respeitável, acontece que ela entrou na base do “já ganhei”, “eu sou boa mesmo”, “não tem pra mais ninguém”...e o público notou isso, o júri também, aí ela perdeu.”
    

Mas o concurso foi um divisor de águas em sua vida. Tanta projeção, reportagens e capas de revista foram o trampolim para a carreira de atriz, começando com uma participação no filme “Histórias de um crápula” com Jece Valadão em 1965. Na novela “Eu compro esta mulher” (TV Globo, 1966), da saga capa-espada de Glória Magadan, destacou-se como uma escrava muda. Na alta dos musicais-humorísticos da TV, foi parar na Tupi (“A,E,I,O,Urca”, “Rua do Ri-Ri-Ri”) fazendo sucesso em “Pandegolândia” ao lado de Carlos Koppa.
  

Eduardo Sidney (na foto), um dos mais competentes diretores de televisão da época e uma pessoa suuuper zen, dirigiu e compôs as ótimas músicas do charmoso “Pandegolândia”. No quadro “Pouco João e muita Maria”, casais estrangeiros brincavam com suas nacionalidades, Marie e Jean, Mary e John, Mariêla e Giovani, mas no final chegava o descolado casal brasileiro, Maria e João, cantando, sambando e tomando conta do pedaço: ESMERALDA brilhava empolgada ao lado de um Koppa  malandríssimo. 


ESMERALDA BARROS  esteve por anos seguidos na famosa lista das Certinhas do Lalau, no jornal Última Hora, eleita e reeleita por Stanislaw; e quando ele  estreou sua coluna na revista O Cruzeiro, em 12 de fevereiro de 1966, ESMERALDA foi capa, destacada como a Certinha mais certinha em reportagem de quatro páginas...sendo fotografada por Indalécio Wanderely  com  reportagem de Ubiratan Lemos.

Disse Lemos: “A escolha de ESMERALDA não foi só pelo fato de fazer parte das Certinhas oficiais, mas ela era a mulata brasileira com a maior evidencia na mídia por trabalhar na televisão e fazer filmes nacionais e  internacionais...Seu corpo é um best-seller para o bom gosto internacional. Diziam os experts que os seios de ESMERALDA – assim também diziam os de Ima Sumac – estão entre os mais belos do mundo”.


Quando ela apareceu no show “O teu cabelo não nega” do Rei da Noite Carlos Machado, um assistente do produtor Dino de Laurentis a convidou para um filme na Itália. Afivelou as malas e mudou-se para Roma, onde residiu e assinou contrato de um ano para uma série de filmes, os chamados spaghetti-westerns.

Em 1976 foi clicada por Trípoli para a Revista Homem, a versão brasileira da Playboy americana, ainda assim chamada na época.


Instalada numa cinematográfica casa em Roma, decorada com imenso painel da baía de Guanabara e munida de saquinhos de café e quilos de feijão, assim como discos de samba, adaptou-se bem à nova vida, mas fez uma exigência contratual: uma cláusula permitia que viesse no carnaval, onde se esbaldava nos bailes do Flamengo e na avenida, como no flagrante ao lado Nuno Leal e Teresinha Sodré.

“Os italianos são bem parecidos com os brasileiros. Uma vez, na rua, fui abordada por um sujeito que pensou que eu tivesse pintado o corpo. Estranharam a  cor da minha pele. Gozado, né?”, declarou na época.


ESMERALDA BARROS rodou dez filmes italianos: “Se tutte Le done Del mondo”, “W Django”, “Le Colt era il suo Dio”, “Il Plenilunio delle Vergini”, “Quelle sporche anime dannate”, entre os principais, sendo três com o diretor Luigi Batzella.


Seu primeiro grande papel de protagonista aconteceu no filme de aventura “Eva Venus Selvagem” (“Eva La Venere Selvaggia”, 1968), uma aventura fantástica que envolve ladrões de banco, gorilas escravos e seqüestros.Eva é uma garota da selva criada por macacos que é capturada por um cientista louco para experimentos de controle da mente. rsrs

Com Nuno Leal Maia em "O Bem Dotado - o homem de Itú"

Com Cristina Pereira em "Elas são do baralho"

No Brasil fez dez filmes, entre eles duas participações com Roberto Santos: “As cariocas”(1966) e “O homem nu”(1968); e no boom dos filmes eróticos, apareceu em dois clássicos: “O Bem dotado, o homem de Itu” (1978) de José Miziara  e “Elas são do baralho” (1977) dirigido por Silvio de Abreu, antes de se tornar autor consagrado de novelas.
  

A super produção “O Caçador de Esmeraldas” (1979), conta a saga de Fernão Dias Paes Leme  e sua obsessão por esmeraldas. Foi a última produção do lendário Oswaldo Massaini, dirigida por Osvaldo Oliveira com roteiro de Anselmo Duarte, e reuniu elenco estelar: Jofre Soares, Tarcísio Meira, Gloria Menezes, Arduíno Colassanti, Mauricio do Valle e ESMERALDA BARROS como Indaiá, uma índia. Mas a peruca que lhe deram era tão artificial que comprometia seu belo visual, mas não a sua sincera interpretação.    

E P I L O G O             


Faz um tempão que ninguém ouve falar de ESMERALDA...Há uns três anos, soube que estava casada com um italiano e residia na subida de Petrópolis. Agora, fico sabendo que além de viúva e descapitalizada, ela está sob tratamento da doença de Parkinson a que foi acometida. Eugênio Fernandes, homem experiente de televisão e eterno namorado, acolheu-a e instalou-a em Sepetiba, zona oeste, onde está se tratando e reagindo muito bem ao tratamento. Um verdadeiro Anjo de Guarda á altura da sua querida “Mulata”. 

Para os romanos, a esmeralda é a Pedra do amor. Diz a lenda que trata-se da pedra milagrosa do amor, do rejuvenecimento, da inteligência e da comunicação.

Força para a Mulata Joia. Ave !

terça-feira, 11 de março de 2014

NO CINQÜENTENÁRIO DO GOLPE DE 64, QUEM TEM MEDO DA VERDADE ?



A Comissão Nacional da Verdade, a comissão brasileira que investiga violações de direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 e 1988, e que foca  principalmente os fatos ocorridos no regime militar (1964-1985), o golpe de 64, quando, segundo a CNV, pelo menos 50 mil pessoas foram presas no primeiro ano de existência, foi prorrogada até o final deste ano.

A verdade, nada mais do que a verdade, em seu estado puro, está sendo restabelecida. Violações dos direitos humanos em lacunas significativas estão sendo preenchidas nestes dois anos em ação, como a identificação dos responsáveis nos casos Vladimir Herzog, Rubens Paiva, Stuart Angel e tantos outros,  a localização dos restos mortais dos guerrilheiros executados no Araguaia, a violência do regime autoritário contra os povos indígenas até o esclarecimento das mortes dos presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek, entre outros fatos.


Eu e minha geração estamos atentos e fortes  neste momento de resgate da nossa história, momento histórico, quando acontece o cinquentenário do golpe de 64. Foi osso, a gente sabe. Os ares progressistas e democráticos vividos nos últimos tempos no país possibilitam vigorar uma espécie de ‘lei do retorno’, tipo reabrir uma ferida não cicatrizada. Ou, em síntese, fazer justiça.


Ao instalar a CNV em 2012, a presidenta Dilma Rousseff, ativista política, emocionou-se pra valer, e destacou em seu discurso que as investigações não serão movidas pelo ódio ou revanchismo, e parafraseou Galileu Galilei lembrando que  
“a força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, o medo pode adiá-la, mas o tempo acaba por traze-la  a luz. Hoje, esse tempo chegou.”


Composta por sete membros, Gilson Dipp,. José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sergio Pinheiro, Pedro Dallari e Rosa Cardoso, esta, advogada defensora da presidenta Dilma na ditadura, a comissão está a pleno vapor.
A doutora Cardoso, que define os crimes da ditadura como ‘fábrica de mentiras instalada há 50 anos com a derrubada do presidente João Goulart’, em entrevista à Carta Maior, ressaltou que o golpe ‘foi realizado pela elite militar, não por todos os militares’, declarando: 

“Quero dizer que até hoje as Forças Armadas devem um pedido de perdão à sociedade brasileira, com que estariam assumindo uma posição civilizada e democrática, que é, afinal de contas, o que se espera dos militares no século 21...Assim como a Rede Globo, respondendo a motivos diversos e oportunistas, inclusive a razões de mercado, fez uma autocrítica (sobre sua cumplicidade com os militares), é preciso que as Forças Armadas façam uma autocrítica política sobre seu comportamento.”


Em 1964, eu adolescente, me lembro daquele burburinho brabo à nossa volta, o medo plantado nas cabeças da classe média, daqueles comunistas que ameaçavam o país, e os salvadores militares...Em 1968, aos 18 anos, estava na TV Continental ao lado de uma turma corajosa e inteligente, todos comandados por Reynaldo Jardim e Ana Arruda. Era a galera do jornal O Sol, que ao sabor dos tempos quentes passou a se chamar Poder Jovem.

Eu e Theresa Jorge, a Catito

Apresentávamos diariamente um telejornal-cabeça, Poder Jovem, dirigido aos jovens, ao som do Caetano: 

"Toda essa gente se engana ou então finge que não vê que eu nasci pra ser o Superbacana”..

Apesar da presença de um censor no estúdio, passávamos informações de maneira velada junto à efervescência cultural do momento e até anunciávamos passeatas com muita cautela. Mas muita coisa era proibida e censurada.

Catito, Martha, Ana, Zé Antonio, Monica, Zezé, Jorge, Vera, Geísa, Analuce, João Rodolfo, Sá, Ribamar, Adolfo, Celinha, Eva, Poerner, Rosiska, Henfil,  Tetê, Gontijo e tantos outros que não lembro agora, habitávamos o jardim do Reynaldo, nosso Jardineiro-Poeta, mestre e guru.


A minha praia era o teatro, então levava entrevistados que estavam em cartaz no  Rio naquele momento. Lembro  de ter entrevistado a Neila Tavares e a turma do Mini-Teatro, a Eugenia Álvaro Moreyra e a turma do Tablado e conseguido a proeza, uma vitória para mim, de levar ao programa Tonia Carrero, a atriz emblemática do movimento cultural que lutou contra a Censura, ela que estava fazendo grande sucesso com “Navalha na carne” de Plínio Marcos, ao lado de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier. O espetáculo de Fauzi Arap era um soco na boca do estômago.

O censor de estúdio vetou os assuntos abordados nas perguntas  previamente produzidas. Não me lembro quem, Zé Antonio ou Rofolfo (?), a cinco minutos do programa entrar no ar, teve uma genial ideia: a entrevista seria muda, nós perguntávamos e ela só faria gestos em mímica em resposta. Tonia topou e arrasou. Ficou no ar quase quinze minutos “respondendo” à apimentadas perguntas muito bem elaboradas.
Foi um sucesso! Acabou o programa, sumimos com Tonia, embarcando-a num taxi pois os ânimos esquentaram... E como de praxe, entramos nas kombis de reportagem da Continental que grafava seu imenso 9 nas laterais para a passeata das seis...Com o carro de reportagem, conseguíamos percorrer todas as áreas da Presidente Vargas, e sempre dávamos caronas para dezenas de  manifestantes, desde que...se abaixassem para não serem vistos.


Em 2006, Martha Alencar e Tetê Moraes produziram e dirigiram o  documentário “O Sol – Caminhando contra o vento” (à venda em DVD), contando muitas histórias dos inesquecíveis anos de chumbo que vivemos na trincheira do jornalismo alternativo, com as presenças luxuosas de guerreiros top de linha, tipo Vladimir Palmeira, Ittala Nandi, Luiz Carlos Maciel, Marcio Moreira Alves, Tonia Carrero, Ruy Castro, Ziraldo, Chico Buarque, Gil, Gilberto Braga, Hugo Carvana, Betty Faria, Fernando Gabeira, Carlos Heitor Cony e tantos outros... Resultou em documento precioso de boa fatia da história da ditadura militar. Imperdível para quem não viu.

ZUZU  E  STUART ANGEL


Os 50 anos do golpe que acontecem agora, dia 1 de abril, despertam manifestações de diversas áreas: do Tortura Nunca Mais, dos advogados dos presos políticos, com Eny Moreira à frente, o lançamento do story board do filme “Primeiro de Abril, Brasil” da Maria Leticia na Casa Laura Alvim (Ipanema), passeata de professores que homenagearão Henriette Amado, Zé Celso Martinez programando uma vigília no Oficina e tantas e tantas outras...Um gosto amargo de festa.


Em São Paulo, no Itaú Cultural, será inaugurada dia primeiro de abril uma mega exposição de Zuzu Angel, a mais conhecida estilista brasileira e um ícone na luta pelos desaparecidos políticos na ditadura militar, à frente do desaparecimento de seu filho, o ativista  Stuart Angel.


A Mostra Retrospectiva da história da inesquecível Zuzu Angel vai expor croquis, estampas criadas pela estilista, fotografias e até a carta que escreveu em 1976 ao então Secretário-geral de Estado dos EUA, Henry Kissinger, sobre os desaparecidos. Nos quatro andares do Itaú Cultural da Avenida Paulista acontecerão desfiles de réplicas das suas criações e exibição do  rico acervo do Instituto Zuzu Angel, que preserva a sua obra e é comandado por sua filha, a incansável Hildegard Angel, atriz do teatro de resistência do Oficina e jornalista prestigiada.