ZÉ KLEBER (1932-1988),
ou José Kleber Martins Cruz, nascido em Paraty, é o poeta maior da histórica
cidade que amou, defendeu e celebrou. Poeta, ator, escritor e compositor, compôs dezenas de canções populares e o hino
“Tudo isso é Paraty”.Gravou disco na década de 60 cantando suas composições com
capa de Djanira, amiga e vizinha. Em 1968 recebeu o Premio Nacional de Poesia. Poeta
brilhante, começou a publicar seus poemas quando defendeu os interesses dos
pescadores da Praia do Sono, título de seu primeiro livro (Ed.São José, 1955).
Como ator atuou em
dezenas de filmes rodados em Paraty, desde os de Nelson Pereira dos Santos até
os curtas e longas assinados por seu amigo Luiz Carlos Lacerda: “O princípio do
prazer”, “Dor secreta” e “Mãos vazias”, este, protagonizando ao lado de Leila
Diniz.
Em protesto contra a construção de usinas nucleares na Costa
Verde, poetou :
Na Costa Verde os
dragões
perderam olhos
buscando o poço.
Nenhum deus manso soube
o mago,
para ser por encanto
igual dragão,
ou aprofundar-se
nesses olhos,
em busca de um pouso,
quiçá perdido,
e as naus singraram
silêncios sobre o mar,
para que nenhuma fera
ouvisse o ruído.
No fundo fosso por
eles escolhido
arde o fogo das hostes
submarinas
e uma língua de ponta radioativa
perfura olhos de
afogados.
Os deuses-magos
espiam nossa era,
mas ninguém sabe do covil das feras.”
Forte a poesia dele! Saudades bjs
ResponderExcluirVera Vianna
Sua fama em Parati é enorme. Pude constatar diversas vezes que estive por lá.Um amigo me falou da exposição que tem sobre ele.Queria conhecer seus livros,a gente vê logo que se trata de umm poeta de verdade. Lita Paes Leme
ResponderExcluirEste é poeta de verdade. Gostei, Cadu
ResponderExcluirExiste um centro cultural com o seu nome em Parati.Conheci um coral cantando as suas músicas eram lindas. Todo mundo cantava e conhecia. José Kleber é querido e um baluarte da cultura de Parati. Pedro Sennes
ResponderExcluirNão compreendo que até hoje a Flip não tenha reverenciado Kleber. Aliás eu sei de vários escritores locais que só conseguem se manifestar se infiltrando sem aparecerem na programação oficial da feira.Fica o meu protesto: Elisabeth Vianna
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