ARDUÍNO COLASSANTI , nascido em Livorno (Toscana), tornou-se
carioca aos 11 anos quando veio morar com a tia, a cantora lírica Gabriela Bezanzone
Lage, residindo no célebre Parque Lage ao lado da mana, a escritora Marina
Colassanti. Foi nos anos 1960 que sua fama surgiu: pioneiro no Surf e na caça
submarina, foi parar com sua beleza e charme no cinema brasileiro, onde fez 38
filmes e virou muso do Cinema Novo.
Mas nem a timidez ou seu lado reservado impediram que se tornasse uma figura
emblemática da época.
‘Assim que cheguei ao Rio, com 11 anos, comecei a freqüentar
a praia do Arpoador, que junto ao Clube Marimbás e ao Iate Clube, foi um dos
pólos que irradiou a caça submarina para o resto do Brasil’, conta ARDUÍNO.
A paixão incondicional pelo mar trouxe para ele uma
identificação imediata com a cidade da ‘montanha, do sol e do mar’, como
cantaram Tom e Billy. Ele trouxe para o bairro mais charmoso de então a epopéia
do Surf, que anos depois seria o boom do esporte ipanemenho. Paralelo a diversos campeonatos mundias de caça, em uma da balsas vindas da Califórnia, chegaram às
suas mãos as primeiras pranchas para a prática do Surf. E ARDUÍNO deslizou nas
ondas do Arpex com pinta de protagonista, e fabricou as primeiras pranchas de
isopor de então. Assim, virou símbolo do bairro, ‘o Garoto de Ipanema’, pouco
antes da consagração da ‘Garota’, mas plenamente identificado como tal.
Lembro bem que lá por volta de 1967, ele virou ícone das
areias douradas de Ipanema, ao mesmo tempo que estreava no Cinema Novo como
ator-protagonista, pelas mãos de um dos cabeças do movimento: Nelson Pereira
dos Santos. O filme foi “El justiceiro” , comédia elegante e charmosa sobre um
playboy de Copacabana, que abusa do prestígio e do dinheiro do pai, um general.
O filme foi proibido pela ditadura.
Mas Nelson Pereira remontou e o filme foi lançado. Ele
aparece ao lado de Adriana Prieto, Márcia Rodrigues, Álvaro Aguiar e Rosita
Thomaz Lopes naquele que foi o seu passaporte para tantos que se seguiriam, a
maioria com o diretor: “Fome de amor”(1969), “Azyllo muito louco” (1969) e “Como
era gostoso o meu francês” (1971), entre os principais.
Um ritual antropofágico celebrado pela tribo dos Tupinambás
é o clímax do longa “Como era gostoso o meu francês”, inspirado em fatos verídicos
ocorridos com o alemão Hans Staden e com o viajante francês Jean de Léry. O
aventureiro francês do filme é ARDUÍNO, que contracena com seu pai Manfredo Colassanti
e com Ana Maria Magalhães.
Fazendo jus ao título - “Fome de Amor”- namorou Leila Diniz
dentro e fora das filmagens, e outras
atrizes igualmente estelares, como Sonia Braga, Regina Duarte e até Brigite Bardot. Do envolvimento com a atriz e escritora
Ana Maria Miranda, nasceu Rodrigo.
Aos 76 anos e com a saúde debilitada, ARDUÍNO reside hoje em Jrujuba, Niterói, e está passando por dificuldades. Seus amigos, liderados por Ana Maria Magalhães e Luiz Carlos Lacerda, estão se mobilizando para ajudá-lo.
Fica aqui a nossa solidariedade. Foco, força e FÉ!
Arduíno Colassanti marcou uma geração dourada do Rio de Janeiro. Só dava ele. A mulherada enlouquecia. As ondas de Ipanema, também. E aí está, numa justa e merecida homenagem.
ResponderExcluirEu fui vizinha dele na Vinicius quando se chamava Montenegro. Ele era o que chamávamos de um pão!!!As minhas amigas me visitavam sempre para paquerá-lo e houve até uma que conseguiu!...AiIpanema ,quantas saudades. Lita Paes Leme
ResponderExcluirÉ uma força da natureza, um leão do mar!!!Tenho fé que esteja bem protegido por Iemanjá-Janaína.axéeBig Girl de Itaipú
ResponderExcluirTempo dos superbacanas!Gente bonita, saudável e livre. Axé Arduíno! Cadu
ResponderExcluirBelos tempos, lindos dias... Arduíno era um Deus de beleza e força,conheci-o muito pouco, mas é um dos homens mais bonitos desse Rio, por dentro também.
ResponderExcluirMe parecia doce e muito simpático. Bela lembrança Bucaneiro! Sempre fazendo resgastes. bjsss
Vera Vianna
Trabalhamos juntos numa empresa de engenharia submarina, Subaquática, nos anos 80. Eu secretária da diretoria e ele mergulhador-fotógrafo . Um cavalheiro, gentil, além de belo.
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