terça-feira, 2 de agosto de 2011

JOSÉ ANTONIO PINHEIRO, O ZÉ DO SORRISO ABERTO



Quem nunca teve na vida um grande amigo chamado ZÉ ? Eu tenho poucos e bons... Mas um é, e sempre me será especial : José Antonio Pinheiro.

O sorriso aberto do Zé ao lado de Hélio Braga, no aniversário de Luiz Mauricio Capiberibe

José Antonio Pinheiro, mineiro de Divinópolis, acariocou-se em 1973. Começou a trabalhar no Rio, Rádio Continental, como jornalista no programa do apresentador Mauro Montalvão e a seguir na agencia de Ewaldo Lemos e Rizeth Lumer, a Rival, dando os primeiros passos em divulgação. Foi em seguida que entrou para a Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes), onde permaneceu até seu fechamento, e dinamizou o trabalho do divulgador, dando um toque especial no departamento com sua sensibilidade e dinamismo. Paralelo, virou articulador do cinema brasileiro, tornando-se companheiro de luta de todos os cineastas que esbarrou na Embra, e amigo particular de alguns. Toques a serviço de sua inteligência brilhante.

Nos últimos dez anos passou a colaborar em roteiros cinematográficos com produtores do calibre de Norma Bengell, Geraldo Sarno, Maria do Rosário e Ana Carolina. E mais outros tantos grandes cineastas.

Ana Carolina, grande amiga e incentivadora do roteirista Zé Antonio

Nos anos 90, prosseguiu na RioFilme o aprendizado da Embra, sempre ao lado do amigo Luiz Mauricio Capiberibe, quando fizeram um trabalho sério na divulgação dos filmes brasileiros da retomada, especialmente na recente gestão de José Wilker.

Colaborou com Ana Carolina em seu premiado filme “Amélia” (1998) , e estava repetindo agora a experiência na elaboração do roteiro do próximo longa de Ana, “A Primeira Missa”. Simultaneamente trabalhava também com o amigo Geraldo Sarno.

ZÉ nos deixou semana passada assim de repente, sem aviso prévio. Seus amigos ficamos todos num vazio desconfortável. Meu amigo há tanto tempo, depois de tantas distancias ultimamente, tive o privilégio de conviver com ele neste ano, uma despedida dupla, que sucedeu a partida de Maria da Gloria, sua primeira amiga do Rio de Janeiro, junto com o lançamento do livro da TV Tupi.

Descansa, amigo. Cumpriu sua missão tão bem, deixando um rastro de dignidade, ética e afeto legítimo, que emocionou a todos que te conheceram. Estou certo que você está sendo bem recebido na vida eterna por suas Marias: do Rosário e da Glória !

Nosso ZÉ querido, sorriso aberto e cabeça ferveeendo, até sempre.

Nesta quinta feira, dia 4 , será celebrada a Missa de sétimo dia de sua discreta saída de cena na Igreja da Ressurreição, na Francisco Otaviano, Arpoador, às 19.30h.



6 comentários:

  1. Uma perda grande! um amigo inesquecivel! Deixo aqui meu carinho e minha admiração por tantos anos de amizade, vai deixar saudades!!!!!!
    beijo carinhoso.
    chris grossi

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  2. Sensivel sua despedida do Zéantonio. Pessoa delicada e inteligente. Com muito carinho do velho ator emilianoqueiroz.

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  3. Minha convivencia com o Zé Antonio foi mais nos corredores da burocracia do cinema, na extinta Embrafilme e na Riofilme, ou nos Festivais. Encontrá-lo nestes redutos era sempre a garantia de que estaríamos a salvo de conversas protocolares. Apesar da mesmice dos ambientes, seu olhar era sempre singular, nunca me pareceu ser apenas um repetidor de opiniões alheias. No Alem já deve estar fazendo observações mordazes em companhia do Emiliano Ribeiro. Zé Joffily

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  4. Ele foi um grande caráter sobretudo. Saudade.
    Peninha

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  5. Conheci Zé Antônio aqui em Divinópolis quando era menino e ele frequentava minha casa,amigo que era do meu pai,José Alaor.Através dele tive contato com o melhor da música popular brasileira e acompanhamos sua ida ao Rio ,onde cumpriu ,através de sua extrema inteligência, para que a cultura brasileira fosse um pouco melhor.Tenho certeza que a essa hora já deve estar lá com o velho tramando alguma insurreição,pois ele sempre foi um ser incomformado.Otávio.

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  6. Ele sabia falar de coisas sérias de um jeito só dele. Enfocava os assuntos sem superficialidades como um pensador genuíno. Sempre o admirei na simplicdade que passou pela vida.
    Marco Aurélio di Martino

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