domingo, 10 de novembro de 2013

ALAIN DELON, A LENDA


  “...Se eles são tão lindos, sou Alain Delon”
    (“Balada do Louco” de Arnaldo Baptista e Rita Lee)


“Você pode ser um lindo matador...mas nunca será Alain Delon”
(“Beautiful Killer” de Madonna)                            

Não, nunca existiu ator mais belo que ALAIN DELON, assim diria aquela velha Madrasta do espelho... Sua beleza o transformou em símbolo sexual dos anos 60 e 70, paralela a uma carreira de excelente ator do cinema europeu.

Nascido em 8 de novembro de 1935 em Sceaux, Borgonha,  ele acaba de completar 77 anos de uma vida bastante agitada sob os holofotes do cinema e da sociedade contemporânea. Uma lenda.


Depois de trabalhar como porteiro, garçon e vendedor em Paris, ALAIN DELON foi parar no Festival de Cannes, em 1957, acompanhando o amigo Jean Claude Brialy, onde chamou a atenção por sua beleza dos produtores e dos paparazzi. Foi seu passaporte para a Sétima Arte. Dois anos depois estrelou seu filme mais importante: “O Sol por Testemunha” (“Plein Soleil”), ao lado de Marie Laforêt e Maurice Ronet, dirigido por René Clément.


Baseado no romance “O talentoso Ripley” de Patrícia Highsmith, DELON se impõe no eletrizante filme, compondo seu frio e calculista personagem no fio da navalha. Nem parece um estreante no cinema. O filme é considerado um clássico do cinema noir invertido  - o sol toma o lugar das sombras da noite e deixa marcas...


O efeito causado por sua explosiva estreia foi geral. Até Hollywood ficou mexida com seu carisma e logo dobrou a cota na divulgação dos galãs americanos, tentando desbancar a soberania europeia de ter o ator mais belo...até o poderoso David Selznick lhe ofereceu contrato desde que aprendesse inglês. Mas DELON preferiu ficar. E assim, com a repercussão de seu primeiro trabalho, chamou a atenção de Luchino Visconti, que o convidou para estrelar “Rocco e seus irmãos” (1960), primeiro êxito de bilheteria do grande diretor italiano.

A saga de uma humilde família de calabreses que emigra para Milão, consagra o protagonista, que atua ao lado de Anie Girardot (a prostituta Nadia) e de Renato Salvatore (o irmão Simone). DELON/Visconti tiveram outro encontro três anos depois em “O Leopardo” (“Il Gattopardo”).


O filme abiscoitou a Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1963. A atmosfera dos palácios da aristocracia durante a unificação da Itália, em 1870, tão bem retratada por Viconti, proporcionou a Burt Lancaster a sua melhor interpretação no cinema. Está na boca de DELON como o cínico sobrinho Tancredi a frase determinante do filme: “Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude,” referindo-se ao seu casamento encomendado com a milionária Claudia Cardinale.


Um dos maiores sucessos de bilheteria da carreira ele teve com “A piscina” de Jacques Deray (1969), ao lado de Romy Schneider e Maurice Ronet, novamente envolvido em triângulo amoroso com ele. Seu casamento de cinco anos com Romy já tinha acabado no lançamento do filme, mas o trio está afinado na tela.


A coleção de mulheres em sua vida é vasta. O casamento com Nathalie Delon em 1964  rendeu filmes e um filho, Anthony. Mas a fila anda com DELON. Depois de 5 anos, casou-se com Mireille Darc.


Anthony Delon, igualmente ator,  é também muito bonito, mas a opiniões  excelentes sobre seu talento de ator sempre caem na comparação ao pai. Iniciado nas artes pelas mãos de Andy Wahrol, Anthony foi levado a uma sessão de fotos para a Life Magazine. Alberto Lattuada, na ocasião, levou-o para Roma, onde começou a rodar.


Outro momento marcante na trajetória de ALAIN DELON foi quando atuou com MichelangeloAntonioni, no filme “O Eclipse” de 1962, o último da trilogia iniciada por “A Aventura” (1960) e “A Noite” (1961). Ao lado Mônica Vitti, ele viveu um jovem corretor da bolsa de valores ambicioso e materialista. O filme levou o Premio Especial de Cannes, mas quem ganhou a Palma de Ouro naquele ano  foi o brasileiro “O pagador de promessas” de Anselmo Duarte.


Foi em Cannes que Norma Bengell e DELON se conheceram, e começaram um romance que isolou a atriz de trabalhos que lhe foram ofertados depois da elogiada atuação no longa brasileiro.No ano passado, ao ditar sua biografia inacabada, Norma Bengell  disse: “Ele era muito esquisito, o que agora a gente chama de bissexual.”


Foi em 1997 que ele anunciou que pararia de atuar, decepcionado com os rumos do cinema francês. Resistiu até 2008, quando reapareceu na telona como o conquistador romano Julio César no filme “Astérix nos Jogos Olímpicos”.

DELON possui vários produtos com o seu nome: roupas, perfumes, óculos e cigarros.


Em entrevista à revista Paris Match neste ano, declarou que perdeu a paixão pelo mundo que o rodeia e que  passa a maior parte do seu tempo “a toa”, rodeado de seus animais de estimação, dos filhos e dos netos:

“O mundo atual não me agrada mais. Nada me excita realmente, e eu era uma pessoa apaixonada. O que falta é vontade, paixão.Mas vou despertar, talvez.”

 

 

13 comentários:

  1. Ele foi o homem mais bonito do meu tempo.Tinha uma amiga na escola que era loucamente apaixonada. Tinha fotos, revistas, sabia tudo dele. Ele veio aqui em ficamos na saida do Hotel Copacabana quase a noiote toda. Ela cismou que ia conseguir um autógrafo, e acabou que as 4 da manhã ele chegou e conseguimos chegar até ele. Carminha conseguiu mais ainda, ganhou um beijo que ela disse ter gosto de champanhe.De perto era mais lindo!! Ai, viajei no tempo agora, foi bom!! Selena

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  2. Lendo a perspicaz reportagem que voce escreveu fico pensando no mito de Narciso que se olha refletido. Com quase oitenta anos Alain Delon deve olhar o espelho com alguma sabedoria, caso contrário pode ser um desastre para ele. Lita Paes Leme

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    1. Ninguem é jovem p sempre..apesar dos quase 80 continua cheio de charme

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  3. Nossa Senhora!!!! Que homem lindo!!!!!
    Ana Cristina Accioly
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  4. já foi o homem mais bonito da terra!!!! afff
    Marlene Nunes
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  5. Viu o filho Anthony? é sua nova versão
    Cleide Rodrigues
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    1. Sinceramente n acho...o Anthony qdo jovem parecia c ele um pouco mas hj ,tem uma testa muito grande ..Alain é unico e nem a beleza do Alain filho mais novo é igual a do pai

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  6. Engraçado que hoje todo mundo chama de gato.No meu tempo era PÃO!!! Ficava nos nossos cadernos nos olhando com esses olhos de matar!!! ai, meus sais. No tempo de Alain Delonm eu sou de época!!! Marita

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    1. Concordo...o olhar 43 desse belo povoou muitos sonhos pelo mundo

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  7. Esse é um dos homens mais bonitos que meus olhos já viram. em Milão, certa vez, entrei no restaurante que ele estava almoçando, e almoçei em sua frente, claro q. foi difícil comer..... estava acompanhado da mulher atual, na época, q. era a Mireille D'arc. Perseguio-o, pela Rua Montenapoleone, andando atrás deles até ver uma chance de pdir um aurógrafo. Ficamos então, cara a cra, e ele ainda pra me matar, baixou os óculos ray ban que usava, p/ q. eu visse seus olhos.... pegou meu caderninho de autógrafos, folheou lentamente, enquanto me olhava, fazendo claro seu charme, e depois assinou.... me deu um sorriso e , trocamos antes algumas palavras, sobre a feira de móveis, q. ele participava, aonde tinha móveis c/ sua assinatura., foi bem charmoso, e um tanto insinuante..... quase morri, não preciso acrescentar...depois, saimos caminhando, na mesma calçada, tranquilamente, até nos dispersarmos, cada um p/ seu lado. Foi um dia inesquecível, tanto q. guardo os detalhes até hoje. isso se deu anos 70, sua beleza estava no auge!..E eu.... naquele dia, fiz o papel de fã.... que era , ardorosa, confesso q. mais por sua beleza, q. era estonteante. Adorei Bucaneiro, a reportagem sobre meu idolo. bjsss Vera Vianna

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    1. Vera fico imaginando o qto foi mágico este momento...quem me dera ter tido uma chance dessa...vc é uma abençoada...nao tirou fotos c ele?

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  8. O narcisismo entra muito aí nesse caso do Alan Delon. Ninguem passa pela beleza na juventude sem pagar um preço....Deve ser dífcil da uma encarada no espelho agora. Ana Cecilia Gusmão

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    1. Nao concordo c vc...ninguem e jovem p sempre...ele esta c quase 80 anos e continua belo...

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