A Arte Oriental, em especial a Japonesa, mostra o peso da
sua importância nas Artes Plásticas mundiais através dela: TOMIE OHTAKE. Ela é a
mais nova Centenária a celebrar o seu nascimento hoje, nascida em 21 de novembro de 1913, em Kyoto,
Japão. Salute!
Desde o início do ano, diversas homenagens pipocam na agenda
cultural brasileira, principalmente em São Paulo , cidade que vive desde a chegada em
1936.
Pintora japonesa naturalizada brasileira, TOMIE tem uma obra espetacular
em pinturas, gravuras e esculturas que lhe deram prêmios e consagração
internacional.
Quando revelou ao pai aos oito anos que queria ser artista,
não recebeu aprovação. E assim segurou seu desejo por muitos anos, precisamente
até 1952 quando iniciou-se na pintura com o artista Keisuke Sugano. Após breve período na arte
figurativa, definiu-se pelo abstracionismo, tornando-se pioneira como Manabu Mabe, Tikashi Fukushima
e Rasuo Wakabayashi.
TOMIE conheceu o agrônomo Oshio Ohtake através de seu irmão.
Casaram-se e um ano depois nasceu o arquiteto Ruy Ohtake. Em 1944, o segundo
filho: o designer Ricardo Ohtake, que hoje preside o Instituto Tomie Ohtake.
Sempre rodeada pelos rebentos, ela desenvolveu uma parceria constante em sua
monumental obra.
A sua escultura Estrela do mar foi doada pelo extinto
estaleiro Ishibrás ao governo do Rio de Janeiro, e ficou instalada de 1985 a 1990 no espelho
d’água da Lagoa Rodrigo de Freitas, altura do Parque da Catacumba. Com 20 metros de diâmetro e
17 toneladas, a obra tornou-se polêmica. “-É um polvo, uma flor??”
criticavam... Ao mesmo tempo que agradou
o professor Darcy Ribeiro, então vice-governador, foi considerada “sem graça”
pelo cronista Rubem Braga. Removida para reforma, a obra desapareceu.
A Estrela do Mar tinha o corpo amarelo, cor que chamou a
atenção de TOMIE OHTAKE quando chegou ao país: “Brasil tem sol muito claro.
Quando saí do navio, olhei para o céu e senti cheiro de amarelo”, diz a
artista.
O Complexo Ohtake Cultural, localizado em Sampa, é um mega
empreendimento do Grupo Aché que integra trabalho, cultura e lazer com
escritórios, salas de exposição, centro de convenções, auditório, teatro,
cinema e restaurante. Arquitetura de vanguarda com formas futuristas no traço
autoral do arquiteto Ruy Ohtake, integra o Instituto Tomie Ohtake, que
preserva e difunde a obra de TOMIE com tecnologia de ponta do setor da
construção.
No início da década de 1960, a Dama das Artes Plásticas,
como ela é conhecida, vedava os olhos para pintar, como se buscasse ajustar seu
olhar ao ponto cego e a partir daí se engajar na experiência ímpar. São as
Pinturas Cegas de TOMIE OHTAKE. Vinte e quatro telas reunidas em expô no Museu
de Arte do Rio (MAR) acaba de ser inaugurada. Imperdível.
São obras de formas livres, como um “oceano”, em predomínio
de brancos, pretos e cinzas – mas há também o marrom, que remete à cor das
primeiras abstrações de TOMIE; o vermelho, azul, verde. Por vezes, é como se víssemos
um certo grafismo nos trabalhos, o que é a referencia à formação do desenho (e
do ideograma) no Japão da artista.
São Paulo abriga diversas esculturas criadas por ela, cada
uma mais surpreendente que a outra. A artista homenageou os 100 anos de
imigração japonesa no Brasil com esta
escultura de nove metros de diâmetro instalada no lado externo do Aeroporto de
Cumbica.
A impactante tapeçaria foi realizada a convite de Oscar
Niemeyer, arquiteto do Memorial da América Latina. TOMIE quis valorizar as
curvas da base do auditório, e por isso, pensou no desenho em quatro cores:
“Quis manter a unidade plateia-palco-plateia”, disse ela em entrevista
publicada no livro Integração das Artes, editado pelo Memorial, em 1990.
São múltiplas homenagens
em todo o país pelo centenário desta artista única ainda em atividade. O Instituto
que leva o seu nome apresenta uma exposição retrospectiva com 60 obras, desde
as paisagens que marcaram o início de sua carreira, até as mais recentes
pinturas. A exposição chama-se Gesto e Razão Geométrica.
Para o crítico Frederico Morais, ela soube equilibrar a
tradição japonesa e a vivência no Brasil: “A arte de TOMIE nunca foi muito expansiva,
excessivamente lírica. É contida, nipônica. A pintura dela é como ela mesma: de
poucas palavras”...
Que maravilha uma artista poder comemorar um século de vida e ainda por cima na ativa! Bravos Tomie! Eu implicava com a estrela na Lagoa. Um dia andando a pé eu vi de perto e ela me encantou de tal maneira que me senti integrada a ela.Como ela desapareceu?Não explica direito o ocorrido depois mas ela fez parte da paisagem do Rio. As autoridades que se manifstem.Lita Paes Leme
ResponderExcluirBela homenagem. Obrigada pela dica dessa expoisção dela no MAR. Imperdível mesmo. Parabens pelo texto á altura da homenageada. Bucaneiro sempre esperto!
ResponderExcluirRuth Mezeck
- via Facebook-
Bravo!!! Loucapravereaplaudir#
ResponderExcluirMelise Maia
-via Facebook-
Tomie é uma das grandes impressões das artes plásticas. Acompanhei seu trabalho, e gosto muito! Vc. como sempre, tem belas sacadas nesse Bucaneiro..... bjssss
ResponderExcluirVera Vianna
Ela é uma Diva! quero ver seus quadros cegos!! obrigado Dalcimar Tavares
ResponderExcluirela é demais.... parabéns Tomie
ResponderExcluirThereza Jorge
via Facebook
Pena que a comemoração ficou arranhada com esse incendio no Memoria\l de São Paulo e queimou a tapeçaria maravilhosa.. Essa foi lamentavel mesmo!! Selena
ResponderExcluirFoi uma fatalidade perder esse painel tão bonito! Que ela possa fazer um novo vamos torcer. É uma artista fantástica. Parabens Tomie.Um abraço.Paulo Mendonça de Barros
ResponderExcluirArtista excepcional! Parabéns, Luli
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