sábado, 20 de julho de 2013

PORQUE NÃO PECARMOS PECADOS EXATOS ?


FESTIVAL  4  ANOS - RETRÔ
VALE A PENA CURTIR DE NOVO -  RETRÔ

Enquanto isso nos mares de 13 de fevereiro de 2009


A chapa quente do verão me trouxe à lembrança uma doce (and hot) mulher, uma princesinha transgressora, bem humorada e antenada, jornalista e escritora das maiores que conheci décadas atrás. Marisa Raja Gabaglia. Autora de pelo menos um blockbuster literário, "Milho Pra Galinha, Mariquinha", escreveu crônicas inspiradas no jornal Última Hora dos anos 70. Sempre antenada, em uma dessas crônicas, ela sacou Oscar Wilde assim de repentemente, em um de seus frequentes momentos de lucidez e catarse.
Achei interessante esse mix, Marisa/Wilde pra começo de conversa, assim pinçei um pouco dessa "doce subversão" especialmente para este momento :

Há momentos na vida em que outros falam por nós aquilo que sentimos muito melhor do que nós. Como, por mim, nesse instante, Oscar Wilde:
"não existe influencia boa. Toda influencia é imoral...do ponto de vista científico, influenciar uma pessoa é transmitir-lhe nossa própria alma. Ela já não pensa nem arde com seus pensamentos naturais. As suas virtudes não são reais para ela. Os seus pecados, se é que existem pecados, são emprestados. Ela se converte em eco de sua música alheia, em ator de um papel que não foi escrito para ela...

A humanidade se leva demasiado a sério. É o pecado original do mundo. Se o homem das cavernas houvesse conhecido o riso, a História teria sido muito diferente. Para voltar à mocidade, basta repetir suas loucuras. Esse é um dos grandes segredos da vida...



Hoje em dia a maioria das pessoas morre de uma espécie de senso comum progressivo, descobrindo, quando é demasiado tarde, que a única coisa que ninguém nunca deplora são seus próprios erros...




A maioria das vezes nos enganamos a nosso respeito e raramente compreendemos os outros. A experiencia não tem valor ético. É apenas o nome que os homens dão aos seus erros. Os moralistas consideram-na como uma advertencia, uma norma que nos indicou o caminho a seguir ou a evitar. Mas a experiencia não tem força motriz. Considerada como causa ativa, é tão insignificante quanto a própria consciencia.

A única coisa que se demonstrou realmente é que o futuro poderia ser igual ao nosso passado e que o pecado que cometemos uma vez com repugnancia, comete-lo-íamos de novo, muitas vezes, com satisfação. Relendo Wilde, me pergunto: "porque não pecarmos pecados exatos ?"

7 comentários:

  1. Belos textos , agora ficou mais agradável navegar bem-vindo Bucaneiro

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  2. Tá bacana, o Bucaneiro. Sucesso.
    Neila

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  3. Interessante, muito inteligente, tenho certeza que com o tempo vai ficar melhor ainda.
    Parabéns


    Dayby

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  4. Adorei as machinhas! Gostei muito também dos títulos de duplo sentido, muito bom! Parabéns!

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  5. Caro Luís Sergio
    Foi muito bom receber o teu e-mail e ler o teu blog. Sempre leio comentários de amigos queridos que o tempo afastou.
    A Marisa Raja Gabaglia trabalhou conosco na TV Tupi – Rio, no início dos anos 60. Era uma excelente profissional.
    Um abraço.
    Nelson Vaccari

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  6. Nunca mais tinha ouvido falar dela, que bom ler tudo isso, especialmente a crônica que escreveu como sempre inteligente. Me lembro dela na televisão fazendo entrevista num programa, era Só o amor constrói que formava casais e ela levava tudo muito leve e rindo sempre. Era divertida e muito bonita. Saudades das coisas boas e das pessoas inteligentes que estão desaparecidas da TV. Selena

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  7. Bonequinha de luxo! Boa lembrança, Rogério Palma

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