FESTIVAL 4 ANOS -
VALE A PENA CURTIR DE NOVO - RETRÔ
Enquanto isso nos mares de 16 de janeiro de 2010
Está agendada uma big exposição do genial ANDY WARHOL(1928-1987) para a segunda quinzena de março próximo na Estação Pinacoteca de São Paulo.
A mostra Andy Warhol Mr America, atualmente em cartaz no Museu de Arte Latino Americano de Buenos Aires até 22 de fevereiro, apresenta 168 peças, entre pinturas, fotografias, serigrafias e filmes, o must do papa da pop art.
Êta programaço, hein, hein ? Acredito ser a primeira vez que a nossa república das bananas recebe tal honraria.( E no Rio de Janeiro, não vai nada ? )
Nascido em Pittisburgh e desaparecido em Nova York um ano depois de ter se submetido a uma operação da visícula, ele é o artista mais conhecido e mais respeitado da pop art. Estudou desenho, trabalhou como desenhista publicitário, onde muitas de suas inspirações nasceram, fez filmes undergrounds interessantíssimos, e se tornou uma personalidade fascinante do mundo das artes plásticas e do jet-set internacional. Os inflamados anos 60 não seriam o que foram sem a sua presença vanguardista e instigante influencia.
Duas marcas inconfundíveis de sua obra nasceram na publicidade: a lata de sopa Campbell’s e a garrafa da Coca-Cola, usadas como símbolo do consumismo e repetidas infinitamente em diversos trabalhos.
Ídolos populares receberam seu carimbo pop em criações antológicas, como Marylin Monroe, Mao Tsé-tung, Jackie Kennedy, Brigitte Bardot, Elvis Presley e tantos outros. Imagens da história da arte, como a Mona Lisa por exemplo, também foram produzidas em série e em diversas variações cromáticas.
WARHOL baseava-se em pintar grandes telas com fundos, lábios, cabelos e
sobrancelhas berrantes, transferindo por serigrafias fotografias para a tela.
Nem Che Guevara escapou. Em 1963 montou seu estúdio permanente – The Factory - que obedecia a máxima: ”viver como uma máquina”. Paralelo às atividades de pintor, começou a fazer filmes experimentais. Primeiro, foram aborrecidas e longas reflexões que não duraram muito, como Sleep (Dormir) que consistia em filmar 8 horas de um homem dormindo.
Mas logo em seguida pegou a mão, e rodou clássicos do underground como a trilogia Flash (1968), Trash (1970) e Heat (1972). Com Paul Morrisey realizou os primeiros: The loves of Ondina (1967) e Lonesone Cowboys (1968).
Joe D’Alessandro, modelo de revistas de fisioculturismo masculino nascido em NY em 1948, foi seu ator-fetiche e estrelou os principais títulos. Ele foi descoberto por WARHOL aos 18 anos quando ele passeava pelo Greenwich Village, e parou para assistir a uma filmagem de WARHOL e Morrisey. Foi imediatamente convidado para participar de uma cena em que se saiu muito bem: uma luta com outro homem só de cueca.
O personagem de Joe era quase sempre o mesmo: um homem de poucas palavras com beleza estonteante que enlouquecia mulheres e homens.
A parceria com WARHOL lhe deu projeção e com isso virou símbolo sexual masculino de uma época. O Littlle Joe cantado por Lou Reed em Walk in the Wilde Side é ele.
Joe em ação: com Sylvia Miles em Heat e com Jane Forth em Trash.
Joe D’Alessandro em foto recente aos 60 anos.
Outro artista multifacetado e transgressor, o francês Serge Gansbourg, então casado com a linda Jane Birkin, compõs o sucesso musical Je t’aime Moi Non Plus, que narra uma trepada com gemidos, sussurros e um fundo musical sedutoramente inesquecível. A primeira gravação aconteceu com Brigitte Bardot, então casada com Gansbourg, mas logo em seguida Birkin assumiu o posto e... fez bonito: gemeu e sussurrou com talento. Estourou nas paradas.
O casal formado por Jane Birkin e Joe D’Alessandro mexeu com a libido da época em cenas bem animadas, e sincronizou bem com os versos de Je T’aime Mon Non Plus.
ANDY WARHOL, o Mr América, sacou uma frase que ficou na história, sobretudo nos tempos atuais de taaantas celebridades instantâneas e vazias:
“No futuro, toda a gente será célebre durante 15 minutos”
Na música WARHOL também foi produtor do grupo de rock Velvet Underground, que contava com a presença de Lou Reed. Com eles realizou o evento-espetáculo Exploding Plastic Inevitable que misturava o rock com seus
filmes.
Com hits fundamentais como Brown Sugar, Sister Morphine e Wild horses, entre outros, o disco Sticky Fingers teve a capa do papa pop: um close da região pélvica do bem dotado Jagger dentro de um jeans.
Fazer um recorte de um artista da importância de ANDY WARHOL é difícil na medida que tantas abordagens acabam ficando de fora.
Mas vale o gás pra gente se animar e pegar a ponte aérea em março para prestigiar a Mostra AW Mr América em Sampa. Eu, por exemplo, já estou renovando meu passaporte.
E você, baby ?
Olá Bukaneiro, abraços por materia tão suntuosa. Quando fui ao Leste Europeu ancorei minha jangada (chamada pequena billy jo) em Berlim e por duas tardes mergulhei nessa exposição a mais ou menos 12 anos atrás (V. ao centro da terra, literalmente)acho q. já te falei. Sua exposição me trouxe de volta memoria tão ludica... Com carinho do velho ator Emiliano Queiroz.
ResponderExcluirEle é um artista incrivel mesmo, mas essa frase dele foi uma praga que ele rogou, esses célebres que estão em toda parte parecem moscas grudentas.
ResponderExcluirLéka de Saquá
Oi, Buca!O típico protesto contra outros estilos que deu certo nas décadas de 50 e60,criado por Warhol,Richard Hamilton e outros.Foi a linguagem popular ganhando status Ae prestigio,e os publicitários fizeram a festa.Adorei a matéria!Um abraço querido do NATAL LUIZ.
ResponderExcluirELE É MARAVILHOSO!! VOU TIRAR MEU PASSAPORTE !
ResponderExcluirXUXU
Warhol mudou o conceito visual das Artes plásticas. Um genio!!
ResponderExcluirLita Paes Leme
Na terça dia 6 ele faria 85 anos. Um museu dedicado a sua obra transmitiu ao vivo com uma webcam do seu túmulo em Pittsburg. O papa pop está vivo ao vivo pelo mundo pela internet!!!!TAO
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