quinta-feira, 14 de maio de 2009

CAFOFO DA POESIA - 6 -


Mineiro de botas sangue azul, nasceu em Belô, mudou-se para o Rio de Janeiro com 3 anos e cariocou direto. GERALDO CARNEIRO é uma das maiores expressões da Poesia, Literatura e Música não só da Cidade Maravilhosa mas de todo o país. Está sempre inventando, criando, aprontando alguma, a serviço de genialidade inata.
Com mais de 200 músicas compostas, é parceiro de Astor Piazzolla, Egberto Gismonti, Eduardo Souto Neto, Wagner Tiso e Francis Hime. Com o irmão Nando Carneiro compôs a linda “Lady Jane” que Olívia Byington imortalizou nos anos 70, mesma época que fez com John Neschling “Rita Baiana”, sob medida para o brilho de Zezé Motta.

Traduziu para o teatro as shakespearianas “A Tempestade” (1982) e “As You Like It” (1985) e diversos sonetos de Shakespeare. Adaptou “O Sorriso do Lagarto” de João Ubaldo Ribeiro para minissérie dirigida por Roberto Talma em 1991, e até hoje está no veículo envolvido em Especiais e programas musicais da TV Globo. O primeiro livro publicado aconteceu em 1974: “Na Busca do Sete Estrelo” (Mapa Editora), o mais recente é “Balada do Impostor” (2006, Editora Garamond) e no prelo está um livro de poemas para crianças: “Como um Cometa” (Editora Lazuli).
Em seu charmoso site (http://www.geraldocarneiro.com/) criou mensagens poéticas telegráficas que se movem , as Tropicaligramas”. “A vida é veloz: de repente tudo o que era pré vira pós”. Cabeludo de carteirinha, adota até os dias de hoje o visual de Príncipe Valente, o que sempre foi em toda a caminhada.

O CAFOFO bota tapete vermelho pra receber Geraldinho!


juízo final

de geraldo carneiro

amou três ou quatro sereias, sempre

marinheiro de primeiro naufrágio.

jurou em falso, disse meias verdades.

perambulou em busca do sublime,

sem nunca descobrir o anto de Graal.

andou atrás de um deus que fosse cômodo.

como esse deus não se desencantasse,

cantou a lua e outras deusas inconstantes.


refratário às ciências, desconfia

que o Sol gira em redor da Terra, e o homem

é um animal fadado à extravagância.

as vezes sofre acessos de grandeza,

supõe-se demíurgo e pandemônio,

mas o mundo sempre se rebela

contra suas mal fundadas esperanças,

e o reduz à sua insigne insignificância.




6 comentários:

  1. Eu sou a própria LADY JANE, viu?Só quem viveu é que sabe.Mas é tudo tão veloz que de pré já virei pós KKKKKKKKK!
    Lady Jane do elho Castelinho

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  2. ah geraldo eduardo não me venha com tanta modéstia num sabadão meia boca (com trocadilho, please, como esse).
    vc sempre foi , é e será um poeta apaixonante em todos os senses ,
    basta ver o quantidade de muher que fica ligada na tua, desde sempre
    ao te lerem, verem e depois, ao terem um particular com sua pessoa! kkkk

    adoro vc, criatura.

    adoro bobby too. e su cantar nada vagabundo
    dylan por dylan...sei não.

    nota - n sou muito culta, e isso não é uma frase, de poetas americanos só conheço os que rubem fonseca generosamente tem a bondade de me enviar os poemas,
    e dito isso, repasso a todos, um que me encantou além da conta
    * e por sinal, NÃO é americano! rs.

    .....um poema da polonesa Szymborska, prêmio Nobel. Beijos, Ruifo
    Museu
    Há pratos, mas falta apetite
    Há alianças, mas falta reciprocidade
    pelo menos desde há 300 anos.
    Há o leque - onde os rubores?
    Há espadas - onde há ira?
    E o alaúde nem tange à hora gris.
    Por falta de eternidade juntaram
    Dez mil coisas velhas.
    Um guarda musgoso cochila docemente,
    com os bigodes caindo sobre a vitrine.
    Metais, barro, plumas de ave
    Triunfam silenciosamente no tempo.
    Apenas um alfinete da galhofeira do Egito ri zombeteiro.
    A coroa deixou passar a cabeça.
    A mão perdeu a luva.
    A bota direita prevaleceu sobre a perna.
    Quanto a mim, vivo, acreditem por favor.
    Minha corrida com o vestido continua
    E que resistência tem ele!
    E como ele gostaria de sobreviver!
    goxtarum?

    bjox gerais.

    ó geraldinho, achei tua mulher linda d+ ! é uma bela dupla

    GRAÇA MOTTA

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  3. Meus caríssimos,

    Evidentemente, não tô com essa bola toda pra ficar posando ao lado do Bob, só se for de bobeira. Com trocadilho, por favor. Isso é bucanagem do meu amigo Luis Sergio, que fica dando upgrade no modesto locutor que vos fala, como dizia o filósofo Waldir Amaral. Agradeço as graças da Graça, e espero que meus detratores (que, infelizmente, são apenas três) não imaginem que eu esteja por detrás desta linha de passe entre um dos maiores bardos do planeta no século XX e um bastardo dos subúrbios do Ocidente.
    beijos a todos,
    Geraldo Carneiro

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  4. Buka dear,

    geraldinho tá cada vez um melhor e mais precioso poeta. amo o que ele anda escrevendo.
    mas sou leitorafan desde a(s) primeira)s viagem(s).

    qto a bobby...prefiro não comentar rsrs
    - livro dele é uma paixão.
    muchos besos en usted, mi buka d' xtimação

    Buka dear, saudades, muitas, docê.

    GRAÇA MOTTA

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  5. Geraldo Carneiro, você é um chato.
    Não vejo nada de poeta em você.
    Você é um embuste zona sul e só.
    Ciao....
    Dulce Pereira do Grajaú

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  6. NOJENTO, BOÇAL e metido a GENIO.
    Não é.
    Esse Geraldo Carneiro é BIBONA, isso é que ele É.
    Chega, acho um CHATO Zona SUL.
    CRUZES !
    GILBERTO SILVA da GlÓRIA

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