Ele atuou direto nos palcos cariocas e paulistas nas décadas de 60 a 80. Todo personagem jovem e bonito era dele, e ainda não existia a enxurrada de atores que proliferou nos últimos tempos. Era uma época que não se encontravam atores pelas esquinas. A opção pelo teatro pertencia a um grupo muito seleto e restrito de pessoas sérias, sensíveis e concentradas, e a televisão era apenas um veículo secundário, que a maioria dos atores relegava a um segundo plano. Existia uma magia em torno do ofício do ator, sem banalização, sem obviedade. Foi nesse universo que ERICO DE FREITAS se fez presente de maneira intensa em trabalhos sérios e importantes do teatro brasileiro.
Em Copacabana onde vive até os dias de hoje
Apesar do ar carioca de Copacabana, bairro que sempre viveu, e vive até hoje, é nascido em Vitória, Espirito Santo. Veio para o Rio de Janeiro aos 9 anos com sua mãe e irmã, depois que seu pai morreu em acidente aéreo. Aos 18 anos foi apresentado por Maria Augusta, da Socila, a Brutus Pedreira, que logo adotou como pai. Foi Brutus, crítico, tradutor e um dos fundadores de Os Comediantes, que o orientou para estudar interpretação na Escola de Teatro da Universidade, na Bahia. E foi através dele que chegou a Ziembinski, Cacilda Becker e Walmor Chagas.
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Apesar do ar carioca de Copacabana, bairro que sempre viveu, e vive até hoje, é nascido em Vitória, Espirito Santo. Veio para o Rio de Janeiro aos 9 anos com sua mãe e irmã, depois que seu pai morreu em acidente aéreo. Aos 18 anos foi apresentado por Maria Augusta, da Socila, a Brutus Pedreira, que logo adotou como pai. Foi Brutus, crítico, tradutor e um dos fundadores de Os Comediantes, que o orientou para estudar interpretação na Escola de Teatro da Universidade, na Bahia. E foi através dele que chegou a Ziembinski, Cacilda Becker e Walmor Chagas.
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Ainda em Salvador, estudando teatro em tempo integral, conviveu com a nata dos intelectuais como Martim Gonçalves, Ana Edler, Lina Bardi, Eugenio Kusnet, Sérgio Cardoso e Maria Fernanda, atuando em peças de Camus, Brecht, Paul Claudel, Tennesse Williams e Artur Azevedo.
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A Companhia Cacilda Becker abriu teste para escolher o ator jovem para a montagem de “A Terceira Pessoa” de A.Rosenthal. Dentre 60 selecionados, ele foi o escolhido. Brilhou ao lado dos tarimbados Cacilda, Walmor Chagas, Célia Biar, Norma Blum e Fred Kleeman.
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Em 1963 viveu de novo o personagem o Cobrador de “Um Bonde Chamado Desejo” na montagem de Flávio Rangel, no Teatro Dulcina. Na Bahia já tinha feito a primeira versão ao lado de Maria Fernanda.
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Na fachada do Teatro Jovem, na praia de Botafogo, estampava um outdoor com Elizabeth Gasper seminua, cercada por jovens com testosterona a mil. Foi uma ousadia naqueles transformadores anos 60. Na turma transviada, ERICO DE FREITAS aparecia com destaque ao lado de João Paulo Adour, Renato Machado, Paulo Lima e Carlos Guimas.
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Participou de diversos tele-teatros no Grande Teatro Tupi de Carlos Lage, e quando o príncipe oficial do Teatrinho Trol Roberto De Cleto descansava a imagem, Fabio Sabag o escalava para partner de Norma Blum, Íris Bruzzi ou Neyde Aparecida. Em todas as décadas de 60 e 70, fez muito teatro: “Playboy” de Luiz Iglesias (Eva e seus Artistas), “Tartufo” com Jardel Filho e Glauce Rocha, “Chão de Estrelas” ao lado de Maria Helena Raposo, “Os 7 Gatinhos”, “O Olho Azul da Falecida”, “Pano de Boca”, “Botequim”, “Abelardo e Heloisa”, e outras.
Em 1967 se uniu à Thais Portinho e Aldomar Conrado no Teatro Carioca e criaram o Grupo 3. “O Triciclo” de Arrabal, dirigido por Álvaro Guimarães, com Thais Portinho e Carlos Vereza foi uma surpresa que chamou a atenção do teatrinho da Senador Vergueiro.
Atuação marcante ao lado de CarlosVereza: “As Criadas” de Genet
Em seguida o Grupo 3 monta um espetáculo com duas pequenas jóias de Sade e Genet: “A Filosofia da Libertinagem” e “As Criadas”. Neste, três atores pela primeira vez no teatro carioca representam personagens femininos. ERICO tem atuação elogiadíssima, em sintonia perfeita com Carlos Vereza e Labanca.
Em “O Avarento” ao lado de Jorge Chaia, Isolda Cresta e Procópio Ferreira
Dedicou-se à pintura, e realizou exposições coletivas e individuais.
Na célebre montagem do francês Henri Doublier de “O Avarento” de Molière, que trazia Procópio Ferreira de volta aos palcos cariocas em 1969, atuou ao lado de Jorge Chaia, Maria Lucia Dahl, Paulo Padilha, Thais Portinho e sua inseparável amiga Isolda Cresta.
Fundador da Sala Funarte, com Cauby Peixoto, Fátima Regina e Zezé Gonzaga
Nos anos 70, depois de muita viagem para Europa e States, onde virou hippie de carteirinha, assumiu a Sala Funarte, dirigindo e criando os primeiros shows musicais que tanto sucesso fizeram na década. Foi ele quem criou e dirigiu a primeira versão do show “As cantoras do Rádio”, que foi um estouro da boiada. E até hoje, é muito estimado pelos cantores e músicos que o conheceram de perto.
Erico hoje no seu apartamento em Copacabana
Muito na dele, vive hoje com a serenidade e a segurança de um artista bem realizado longe dos palcos e das câmeras. Afastou-se do teatro quando sentiu que os personagens que poderia fazer não tinham nada a ver com seu desenvolvimento pessoal. Mas, passado tanto tempo, seria bom ver de novo ERICO DE FREITAS atuando. Fica a provocação. E, principalmente, o registro de um ator muito talentoso que passou pelo teatro, e tudo que fez, fez bonito.
Foto 8: Carlos Moskovis
Foto 10: Walter Spolidoro
Demais fotos: Acervo Erico de Freitas
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXmlNTLSyu9pDKglSRLkgdRbgxjtBumVDSNQ5IlscKTBD7wQ1vCyG3GB_rRL4pV32chd0DM58qV53JRQbtyy4rbTIyBTNHutXvGcEhvUo3KexEV6KKOj5t8s1nmbQ-gMD9gkY3unNCagk/s400/EricoAscriadas.jpg)
Em seguida o Grupo 3 monta um espetáculo com duas pequenas jóias de Sade e Genet: “A Filosofia da Libertinagem” e “As Criadas”. Neste, três atores pela primeira vez no teatro carioca representam personagens femininos. ERICO tem atuação elogiadíssima, em sintonia perfeita com Carlos Vereza e Labanca.
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Dedicou-se à pintura, e realizou exposições coletivas e individuais.
Na célebre montagem do francês Henri Doublier de “O Avarento” de Molière, que trazia Procópio Ferreira de volta aos palcos cariocas em 1969, atuou ao lado de Jorge Chaia, Maria Lucia Dahl, Paulo Padilha, Thais Portinho e sua inseparável amiga Isolda Cresta.
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Nos anos 70, depois de muita viagem para Europa e States, onde virou hippie de carteirinha, assumiu a Sala Funarte, dirigindo e criando os primeiros shows musicais que tanto sucesso fizeram na década. Foi ele quem criou e dirigiu a primeira versão do show “As cantoras do Rádio”, que foi um estouro da boiada. E até hoje, é muito estimado pelos cantores e músicos que o conheceram de perto.
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Muito na dele, vive hoje com a serenidade e a segurança de um artista bem realizado longe dos palcos e das câmeras. Afastou-se do teatro quando sentiu que os personagens que poderia fazer não tinham nada a ver com seu desenvolvimento pessoal. Mas, passado tanto tempo, seria bom ver de novo ERICO DE FREITAS atuando. Fica a provocação. E, principalmente, o registro de um ator muito talentoso que passou pelo teatro, e tudo que fez, fez bonito.
Foto 8: Carlos Moskovis
Foto 10: Walter Spolidoro
Demais fotos: Acervo Erico de Freitas
Olá Buka, uma beleza o Erico e sua materia. Nos anos 60 estive mais proximo do talentoso ator em um show de Carlos Machado na Boite Freds, um amigo sensivel e querido que guardo até hoje. Com muito carinho do velho ator Emiliano Queiroz.
ResponderExcluiros trabalho e FOTOS do ERICO são um bom registro da Função de Ator / Artista.
ResponderExcluirSeus " colegas " de cena são nosso professores até HOJE . O que FALTA ? ERICO voltar URGENTE a Cena e contribuir ( como sempre ) a Produção Cultural
Delcio Marinho Gonçalves
http://dmriocultural.ning.com/
Faltou dizer que ele é um dos maiores amigos da Marlene, a maior!!! Já trabalharam juntos no show e na peça O Botequim A Marlene adora ele e nós todos tambem.
ResponderExcluirSonia, fã clube do Catumbi
Oi, Buca!!Vamos aguardar! QUEM SABE A FLOR DESABROCHA A QUALQUER MOMENTO PRÁ SURPRESA DE TODOS NÓS.ABRAÇO DO NATALLUIZ. VOCÊ APERTOU O START. ATÉ A PRÓXIMA!!!
ResponderExcluirQue maravilha e/blog falando do Érico de Freitas. Sabe aqueles amigos que se perde fisicamente, mas no coração nunca, jamais! Érico é assim. Gostaria muitíssimo de revê-lo. Fiz uma matéria com ele qdo dirigia a Funarte. Conheci mto seu trabalho de ator e pintor. Pessoa linda!Carlos Ramos
ResponderExcluirAgradeço ao Buka o bem escrito perfil e também os comentários gentis. Como diz a canção " é demais para o meu coração ".
ResponderExcluirErico de Freitas
Oi Érico, estamos montando uma peça Cacilda !! ou estrêla brazyleira a vagar, que conta o início de carreira de Cacilda Becker. Gostaria muito de te convidar. Vc poderia, por gentileza, enviar seu email?
ResponderExcluirValério Peguini
Produtor do Teatro oficina
valeriopeguini@teatroficina.com.br
Beleza. Grande Erico. Pena que se foi .... Deixará saudade com certeza para sua infinidade de amigos e amigas .... Descanse em paz, meu amigo ....
ResponderExcluirestou muito triste, pois somente agora descobri que erico foi pro andar de cima. eu era amigo dele de longas conversas no msn , nos conhecemos no orkut e logo me vi apaixonado pelo artista sensível e singular. me afastei do msn e orkut, e qdo voltei n mais o encontrei.resolvi, sei lá por quais cargas d'água por o nome dele agora no google...e...bem, vcs sabem. vou sentir saudades, estou sentindo, coração apertado. a única vez q o vi foi no teatro joão caetano, qdo ele foi me assistir em BENT, e o encontrei na saída. que lástima.
ResponderExcluirtristeza descobrir que érico já partiu dessa para uma outra vida. conheci tanto esse grande artista, talentoso, humano, gente fina
ResponderExcluiralguem sabe algum contato de herdeiro do Erico?
ResponderExcluirSim, pode entrar em contato no email: maximoax@gmail.com
ExcluirQue prazer rever essas fotos do grande amigo. Érico chegou na globo em julho de 69 para gravar Mister Shelby irmã da personagem barbara shelby na cabana do Pai Tomás. Um excelente ator. Amigo...doce e carinhoso Para com os colegas. Saudades ÉRICO DE FREITAS
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