sábado, 20 de abril de 2013

CHET BAKER VERY COOL


FESTIVAL 4 ANOS
VALE A PENA CURTIR DE NOVO - RETRÔ

Enquanto isso nos mares de 8 de outubro de 2009...


Chesney Henry Baker Jr, ou CHET BAKER (1929-1988), são um cara só: trompetista virtuoso e cantor de jazz minimalista, criou estilo e escola com seus tempos lentos, intensidade quase nenhuma e clima amargurado e melancólico. Uma lenda. Nascido em Yale, Oklahoma, mudou-se na infância pra Califórnia, onde passou a cantar no coro da igreja. Aos 10 anos ganhou do pai músico, um trombone.

Admirado por Dizzy Gillespie e Miles Davis, aos 22 anos fez teste para a banda de Charlie Parker, sendo aprovadíssimo como músico e o mais recente amigo de infância do Bird.
Em 1952 integrou o grupo de Gerry Mulligan, e a partir daí não parou mais.


CHET sofreu inúmeras detenções por porte de heroína, vício que o acompanhou por toda a vida, e foi completa ruína até seus últimos dias.
Nos anos 60 passou mais de um ano na prisão italiana, foi expulso de quatro países até ser deportado para os Estados Unidos, onde não era bem visto. No entanto, na Europa era aclamado.
Em 13 de maio de 1988 teve morte trágica, ao despencar da janela de um hotel em Amsterdã. Duas versões para a queda são divididas entre o excesso de drogas ou suicídio, o que no fundo parecem querer dizer o mesmo. Em tributo ao grande artista, a cidade holandesa instalou em
praça monumento de bronze.


Em Oklahoma, funciona a Chet Baker Foundation, sem fins lucrativos, que preserva sua memória. Seu filho Paul Backer (foto) é o diretor executivo e responsável pelo acervo do artista, acompanhado de perto por um time de conselheiros, que inclui a atriz Sharon Stone.

Em 1985, CHET esteve no Brasil em duas apresentações no primeiro Free Jazz. Acompanhado por banda liderada pelo pianista Rique Pantoja, com quem já havia gravado dois discos, o show carioca, segundo alguns, foi decepcionante, mas em compensação, o paulista foi um arraso. Hospedado no Macksoud Plaza, depois da apresentação, não resistiu: assaltou a maleta do médico que o tratava, e tomou doses cavalares das drogas que estavam sendo administradas para controlar as crises de abstinência. A overdose quase o matou.

MOMENTO CHET
Vale a pena curtir alguns minutos preciosos deste genial CHET BAKER. O You Tube está cheio de seus vídeos, informações das diversas biografias e sites relacionados.
I hope so que abra o apetite dos caros bloganeiros!

O Vídeo a seguir apresenta Mr BAKER em suavidade explícita, sua marca original.
Canta "Time after Time" de Sammy Cahn e Jule Styne, standard do jazz, lançado orginalmente em 1947 por Frank Sinatra no filme "It Happened in Brooklyn", e gravado posteriormente por Judy Garland, Ray Anthony, Shirley Bassey, Teresa Brewer, Miles Davis, Chris Montez e Rod Stewart.

Filmado em 1964 na Bélgica, ele canta com sentimento, como sempre, e depois dispara seu trompete com pureza e perfeição. Deleite total.
Ah, faltam alguns dentes em sua boca, em consequencia das drogas, mas isso não arranha a performance de um artista que bota pra fora a alma quando em ação. Deleitem-se.

8 comentários:

  1. Grande Bocaneiro:
    Muito boa a sua reportagem sobre o Chet Baker e essa apresentação na Bélgica,piano/trompet realmente foi um presente. Obrigado !!!

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  2. )i BUCA!!belíssimo...belissimo!!!Grndes recordações do Litte Club (beco das garrafas),onde passavamos as tardes de sábado ouvindo o que existia de melhor do jazz nos anos 60.Eram pessoas muito especiais.Grande homenagem a Chet Baker e atodos jazistas.Grande abraço do Natal Luiz.

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  3. Adorei, BUCA! Fiquei até com vontade de dar uns beijos na boca. Que gostoso!!!
    Solange Sol

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  4. Conheci Chet Baker em uma fase da minha vida de contrastantes ápices, na qual as recordações advindas dessa voz melodiosa prevaleceram.
    O vídeo é um esplendor!

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  5. Ele é o beatnik do jazz, totalmente demais. Rogerio Palma

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  6. Luis Bucaneiro Amigo
    Parabéns e mais 40 anos juntos.
    Beijos
    Marco Polo

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  7. Sempre amei Chet Baker. Quando ninguem ainda sabia quem era, eu já curtia. Fui inclusive a um show dele aqui no Rio. inesquecível!!!!
    Vera Vianna

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  8. A arte supera o subterraneo da alma.Grande! Cadu

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