quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A ONDA RADICAL DO SKATE E SUA VOVÓ ROLIMÃ




Skate Love by devianART

Quando surgiu exatamente não se pode precisar, sabe-se que foi naqueles agitados anos 60 na Califórnia, quando os hormônios da juventude ferviam por novidades. O surf era moda e o patim já não tinha taaanta graça mais. Rolou então, botar umas rodinhas na prancha e sair deslizando em velocidade invadindo os espaços urbanos. Quanto mais obstáculo pela frente, melhor.


Rune Glifberg no ar. Foto: devianArt

Surfar em terra firme em altas manobras com altos e baixos graus de dificuldade, formatou o
S k a t e, esporte radical que virou febre no mundo, e aqui também. Depois das pistas, os skatistas partiram para garagens, estradas, túneis e piscinas vazias.
Nos anos 70 surgiram os grandes atletas do skateboard mundial: Steve Caballero, Tony Alva e Tom Sims, entre outros. No Brasil, o atual tetracampeão de skate vertical é Sandro Mineirinho Dias.




A vovó Rolimã

Os primeiros indícios do Skate no Rio de Janeiro aconteceram no final dos 50’ e inicio dos 60’, com a vovó Rolimã, uma tábua recortada em dois eixos: o fixo e o dianteiro móvel que dava mobilidade, acompanhada por 4 rolamentos de motor de roda de carro e caminhão. O usuário ia sentado, guiando com as pernas, sem freio e sem destino, trilhando aquela emoção da mais alta adrenalina.



...Empurra e sai de baiiiiiixo !


Na zona sul, além da turma do final do Leblon, havia a turma da Abade Ramos, célebre rua do Jardim Botânico, habitada por uma galera inflamada, que faziam parte, meu brother Paulo Marcelo, o Paulinho, e mais o Gustavo, Eduardo (Dadinho) seu irmão, o Rick, o Aranha, Francisquinho, Cidinho e Geraldão.
Paulinho e Rick construíam as rolimãs em modelos e tamanhos diversos, enquanto os outros percorriam as oficinas mecânicas para descolar as rodinhas que os mecânicos substituíam por novas. Outro recurso era o de depenar o patins da irmãzinha ou da priminha, roubando-lhes as rodas. Êh, ê, êh...


Paulinho e Gustavo : pré-skatistas da Abade Ramos

Descendo pelo cantinho, onde o asfalto era mais liso, eles ganhavam alta velocidade, e, aos gritos, percorriam desde a Senador Simonsen, passando pela Benjamin Batista e finalmente ganhavam a Abade Ramos, muitas vezes se esborranchando na esquina de uma Jardim Botânico movimentadíssima com bondes, lotações, Buiks, Chevrolets, Pontiacs e Plymouths... Muita ralação, tombos e trombadas faziam o clímax radical.

A vovó Rolimã é peça de museu, brava coroa !
Pesquisa: Wikipédia e A Hist. do Skate de Adriana Fernandes
Fotos 1 e 2 : Site Jardel's Corner
Fotos 3 e 4 : Acervo Bucaneiro

6 comentários:

  1. Aeee meninos! não se esqueça que as meninas não abriam mão dos patins.... descíamos a Nina Rodrigues e - no meu caso, abraçando os postes... rsss - Mas a Joyce encarava uma descida direta de rolimã e patins! Valeu essa recordação! bjs

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  2. Gostei Bukaneiro. Essa turma merece mesmo o seu destaque. Nos meus velhos tempos de garoto em Fortaleza descia muita ladeira na zona da praia num rolemã pré-historico criado por um genio da rua. Paulinho e Gustavo bom vêr vocês aí nas fotos e em ação. Um abraço do amigo o velho ator emiliano queiroz.

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  3. Olá galera do Bucaneiro Prateado,

    Gostei de participar dessas fotos e recordações.
    É sempre bom lembrar daquelas brincadeiras da nossa infância no nosso querido Jardim Botânico.
    Um forte abraço a todos,

    "Tá legal"
    Gustavo Ribeiro

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  4. É bom lembrar da galera da Tijuca porque nós usamos roliman, descemos nossas ladeiras de madrugada junto com os playbois sketistas. A Tijuca VIVE PORRRAA!!!!

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  5. realmente , todos nós gostávamos de carrinho de rolimã.
    Tá Legal
    Gustavo Ribeiro.

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