sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O PERFIL DA MINISTRA ANA DE HOLLANDA



São nove mulheres escolhidas pela presidenta Dilma Rousseff para ministérios e secretarias do primeiro escalão. É o levante das saias no poder.
ANA DE HOLLANDA, a Ministra da Cultura, traz um frescor para a pasta nunca dantes imaginado. Ela é a grande surpresa do novo ministério, depois de especulações e suposições das mais diversas. Aliás, acho que foi a grande sacada.
Mas, afinal, quem é ela?

PERFIL – Paulista, culta e sensível, ANA DE HOLLANDA é cantora, compositora
e gestora cultural refinada, filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e Maria Amélia Buarque, irmã de três artistas igualmente do primeiro escalão: Chico Buarque, Miúcha e Cristina.
Na família, outros artistas reafirmam o sangue azul: as sobrinhas Bebel Gilberto, Sylvia Buarque e Luíza Buarque, entre os descendentes mais conhecidos.

De 1982 a 1985 dirigiu o Centro Cultural de São Paulo da secretaria municipal, assumindo em seguida a Secretaria de Cultura do município de Osasco (1986/1988), ao mesmo tempo que alavancava a carreira de cantora e compositora, seu grande barato.
Depois de estudar técnica vocal e interpretação e cursos de teatro, lançou seu primeiro disco em 1980.
Gravou os cds: Só na canção, Tão simples e Um filme. Parceira de Novelli, Jards Macalé, Lucina, Nivaldo Ornellas e Maurício Carrilho, entre outros, ANA canta cristalina, light, leve e suave um repertório delicado e moderno.

De 2003 a 2007 dirigiu o Centro de Música da FUNARTE, onde deu banho de criatividade e produtividade consistente. Foi lá que ela deu uma injeção de renovação no setor, realizando a Bienal de Música Contemporânea, a volta do célebre Projeto Pixinguinha, os shows da Sala Sidney Miller, cursos e oficinas para músicos de todo o Brasil, assim como o projeto das Bandas, seu xodó.

Ela foi levada para a FUNARTE por Antonio Grassi, quando ele tirou o pó de mofo e deu uma oxigenada na presidência da instituição. Em 2006, participou e incentivou o canal virtual, que Paulo César Soares dirigiu com brilho, o Canal Funarte. Ainda permanece no conteúdo do site o interessante depoimento que ela deu, e que eu tive o prazer de intermediar. Quando Grassi foi absurdamente demitido pelo ministro Gilberto Gil, ANA colocou o cargo à disposição, e se mandou.
Vale a pena ouvir a articulada diretora do Centro de Música explanando suas ideias:
http://www.canalvirtual.org/ /C a n a l F u n a r t e

Chegando surpresa com o convite, ela já está se inteirando da lei dos direitos autorais que está em discussão no Congresso,(uma novela antiiiiga, sempre confusa) com intenção de ouvir juristas e artistas, assim como abrir consulta pública para ouvir opiniões, na internet. Igualmente promete aprofundar a lei de incentivo à cultura e aumentar a cota federal para a cultura.

A única mulher cogitada para o Ministério da Cultura antes dela, foi Fernanda Montenegro durante o governo Sarney. Fernanda não aceitou.

Agora, enfim, a cultura pink de ANA DE HOLLANDA. Boa sorte !

5 comentários:

  1. Olá
    Luis, brilhante sua coluna com a nossa nova Ministra da Cultura Ana de Hollanda. Nossas esperanças estão agora voltadas para Ana, sensivel e inteligente artista. Estamos de parabens.Para v. e para ela o carinho do velho ator Emiliano Queiroz

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  2. Querido Luis Sergio,
    Estou na maior alegria. A escolha da Ana foi um gol a mais de Dilma.
    Vamos torcer por elas!
    Beijo grande,
    Edinha Diniz

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  3. Também estou torcendo pela Xará. Apenas me preocupa sua ligação - como dizem - com o ECAD, a máfia das máfias.

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  4. Bacana. Feliz 2011 para todos nós.
    Obrigado pelo apoio,
    abraços Grassi

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  5. Luis, justa e linda matéria sobre a primeira mulher ministra da cultura de nosso país. A Ana é uma pessoa muito bem preparada, tem luz própria, conhece bem a nossa cultura, é de berço, como se diz. Além do mais conhece a máquina pública e poderá fazer uma gestão que surpreenderá os diferentes seguimentos artísticos e culturais.
    Abração do Paulo César Soares

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